Catorze empresas manifestaram interesse em receber o caderno de encargos do processo de auditoria de gestão do Sporting Clube de Portugal, tendo o clube liderado por Bruno de Carvalho recebido dez respostas até 30 de Setembro, o prazo limite estabelecido.

Segundo um comunicado emitido esta quarta-feira no sítio oficial da Internet, as propostas estão agora a ser analisadas pelo Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), o órgão que tinha elaborado o caderno de encargos e convidado as empresas de auditoria registadas na CMVM – Comissão de Mercado de Valores Mobiliários a manifestarem interesse na realização da auditoria.

Na Assembleia Geral do Sporting, realizada na passada sexta-feira, o presidente do CFD, Jorge Bacelar Gouveia, informou que o processo da auditoria de gestão terá cinco fases e quatro áreas distintas – gestão imobiliária, gestão desportiva, gestão de fornecimento de bens e serviços, e gestão de recursos humanos –, compreendo o período entre 2 de Junho de 1995 e 27 de Março de 2013. Ou seja, abrangerá as lideranças de Santana Lopes, José Roquette, Dias da Cunha, Filipe Soares Franco, José Eduardo Bettencourt e Godinho Lopes em Alvalade.

Os associados ficaram ainda a saber que a auditoria terá uma duração máxima de 13 meses. No entanto, os primeiros resultados começarão a ser conhecidos 60 dias após a adjudicação. É neste prazo que a empresa de auditoria vencedora terá de apresentar os resultados da primeira fase, que analisará a gestão imobiliária de todos os mandatos desde 1995, e também a análise à gestão desportiva, de recursos humanos e de fornecimentos de bens e serviços do mandato de Luiz Godinho Lopes, o antecessor de Bruno de Carvalho.

“Se houver evidência de gestão danosa, o Sporting vai actuar judicialmente”

Em entrevista ao Negócios, publicada a 25 de Setembro, o presidente leonino ironizou que “se não houve negligência e gestão danosa, foi um azar muito grande do Sporting”. E garantiu que “se houver evidência de gestão danosa e negligência, o Sporting vai actuar judicialmente sobre isso”.

“Os bancos estão perfeitamente confortáveis com o trabalho que estamos a fazer e com os objectivos que temos definido, inclusivamente quanto à auditoria de gestão. É algo de que não abdicamos, é algo que vamos realizar e estamos todos perfeitamente em sintonia: vai acontecer, com as consequências que tiver”, acrescentou Bruno de Carvalho.