Notícia
Falta de mão de obra é o principal constrangimento para 75% das construtoras de obra pública
A maioria das construtoras diz ter a sua atividade estabilizada, segundo um inquérito da AICCOPN, mas a falta de mão de obra especializada e o aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais são constrangimentos.
Mais de dois terços das construtoras (68%) afirma que os seus níveis de atividade se mantiveram estáveis no terceiro trimestre do ano passado, de acordo com as conclusões do inquérito à situação do setor, divulgadas esta sexta-feira pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN). Um número que revela um aumento de 6 pontos percentuais (pp) face ao trimestre anterior.
Por seu lado, as empresas que referem um aumento da atividade diminuíram 7 pp, para 19%, enquanto as que assinalam um decréscimo da atividade passaram de 12% para 13%.
De acordo com a informação recolhida pela AICCOPN, no segmento das obras públicas, a falta de mão-de-obra especializada foi indicada por 75% das empresas e o aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais de construção foi assinalado por 73% das inquiridas como as principais dificuldades com que se debatem. Percentagens que correspondem a aumentos de 9 pp e de 2 pp, respetivamente, face ao apurado no trimestre anterior.
Já a escassez das matérias-primas e materiais de construção, que foi identificada por 43% das empresas, manteve-se como o terceiro fator mais assinalado.
No segmento das obras privadas, o aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais de construção manteve-se como o principal constrangimento apontado, tendo sido assinalado por 83% das empresas (o que compara com 82% no trimestre anterior), seguido da falta de mão de obra especializada, identificado por 82%.
À semelhança das obras públicas, a escassez das matérias primas e dos materiais de construção é também o terceiro problema mais apontado, com 46% das empresas a destacar esta dificuldade.