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Sonae diz-se empenhada em "reduzir os níveis de alavancagem" após investimento recorde

Depois de ter investido 1,6 mil milhões de euros em 2024, tendo mais do que triplicado a dívida líquida para esse valor, o grupo enfrenta o resto de 2025 com uma economia global “moldada por incertezas geopolíticas e fricções comerciais, impulsionadas por potenciais políticas protecionistas”.

José Reis
20 de Março de 2025 às 10:07
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Fechado o ano de 2024 com lucros de 223 milhões de euros, menos 134 milhões do que no ano anterior, e um aumento da faturação em 18,4% para aproximadamente 10 mil milhões de euros, a Sonae reconhece, sem mencionar Donald Trump, que as medidas em catadupa tomadas pelo presidente norte-americano criam incerteza sobre a atividade económica no ano em curso.

"Durante o resto de 2025, espera-se que a economia global seja moldada por incertezas geopolíticas e fricções comerciais, impulsionadas por potenciais políticas protecionistas, beneficiando simultaneamente da redução das taxas de juro", nota o grupo liderado por Cláudia Azevedo, esta quinta-feira, 20 de março, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Neste ambiente, que classifica de "dinâmico", a Sonae garante que o foco "permanece na agilidade, inovação e execução disciplinada" da sua estratégia "de forma a impulsionar o crescimento de longo prazo" do vasto "portefólio de negócios" do grupo.

"A Sonae continua empenhada na geração de 'cash flow' e na realocação de capital em determinadas áreas, enquanto investe estrategicamente para solidificar a liderança dos seus negócios e reduzir os níveis de alavancagem", sinaliza o grupo com sede na Maia, que realizou em 2024 um investimento recorde de 1.589 milhões de euros, tendo a dívida líquida consolidada mais do que triplicado de 526 milhões em dezembro de 2023 para 1,6 mil milhões de euros no final do ano passado.

Relativamente às perspetivas para este ano nos seus diferentes segmentos de negócio, a Sonae avança que, "no retalho, a MC continuará focada no reforço das suas posições de mercado tanto no retalho alimentar como em saúde, beleza e bem-estar, executando uma ambiciosa estratégia de investimento em toda a Península Ibérica", enquanto a Worten "vai continuar a trabalhar para reforçar a sua liderança omnicanal, nomeadamente potenciando o seu ‘marketplace’ e reforçando a sua oferta de serviços".

Já a Musti, afiança, "está bem posicionada para o crescimento à medida que o ambiente económico e de consumo nos países nórdicos melhora e o mercado de cuidados para animais de estimação recupera a sua tendência de longo prazo".

No setor imobiliário, a Sierra "continuará a implementar iniciativas de gestão de ativos no seu portefólio de centros comerciais, enquanto expande a sua cobertura no setor dos serviços e promoção imobiliária".

Relativamente à Nos, a empresa "irá procurar melhorar a sua posição no mercado de telecomunicações, capitalizando os seus significativos investimentos em infraestrutura 5G nos últimos anos para atrair novos clientes B2C e B2B", aponta a Sonae.

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