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Retalhista Sears pede falência nos EUA
Após anos de esforços, a antiga gigante do retalho norte-americana não resistiu às dificuldades e apresentou insolvência nos Estados Unidos.
A Sears apresentou um pedido de insolvência ao abrigo do Capítulo 11 da lei de falências dos EUA, esta segunda-feira, avança a Reuters. A cadeia de retalho centenária, e que já foi líder nos Estados Unidos, não resistiu à evolução tecnológica que transformou o sector.
O preenchimento da minuta do Capítulo 11 pretende reorganizar as dívidas das sociedades controladoras, Roebuck and Co e Kmart Corp, depois de uma década de declínio das receitas, centenas de lojas fechadas e vários acordos assinados pelo CEO, Eddie Lampert, na tentativa de reavivar a actividade da empresa.
Desde 2011 que a Sears não apresenta lucros, e Lampert é acusado de ter deixado o serviço deteriorar-se. Nos documentos do pedido de falência, a empresa declara ter 6,9 mil milhões de dólares em activos e 11,3 mil milhões de passivo.
O pedido de falência terá sido motivado por um impasse entre Lampert, que para além de CEO é também o maior accionista e credor, e um comité do Conselho, uma vez que ambas as partes não conseguiram concordar com o plano de resgate proposto por Lampert.
A Sears está agora dependente da vontade dos credores e fornecedores para continuar a funcionar. A Toys R Us, que também incorreu no mesmo procedimento em 2017, foi forçada a uma liquidação seis meses após a apresentação da insolvência uma vez que os credores não mostraram confiança no plano de recuperação da empresa.
A Sears fechou a sessão de sexta-feira a cotar nos 41 cêntimos de dólar, uma cotação que contrasta com os 100 dólares que atingiu nos anos que se seguiram à fusão com a Kmart, operada por Lampert, num acordo de 11 mil milhões de dólares que data de 2005.