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Cartier adverte para "sobreaquecimento" do mercado dos produtos de luxo

O empresário reconheceu que, à semelhança de outros segmentos, o dos produtos de luxo está sobretudo afetado pela falta de matérias-primas e pela lenta retoma da produção.

O metal amarelo tem brilhado mais do que nunca, numa altura em que os inves    tidores procuram um refúgio para os seus ativos, num contexto de maior risco no plano económico e geopolítico.
Leonhard Foeger/Reuters
20 de Junho de 2021 às 15:37
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O presidente da empresa francesa Cartier, Cyrille Vigneron, alertou para o "sobreaquecimento" do mercado dos produtos de luxo, devido à forte recuperação da economia em alguns segmentos e à lenta retoma da produção.

A recuperação "muito forte e rápida" da procura de produtos de luxo "surpreendeu" no verão passado e, atualmente, está com períodos de "sobreaquecimento", afirmou Vigneron numa entrevista publicada hoje no semanário francês Journal du Dimanche.

O dono da Cartier destacou em especial a recuperação, que se seguiu aos períodos de confinamento forçados pela pandemia, que foi "muito robusta" na China e "bastante rápida", de início, nos Estados Unidos da América e, depois, "em praticamente todos os países".

O empresário reconheceu que, à semelhança de outros segmentos, o dos produtos de luxo está sobretudo afetado pela falta de matérias-primas e pela lenta retoma da produção.

Para Vigneron, questões sobre o que "é aceitável e tolerável", sob pontos de vista ambientais e éticos, afetam também a cadeia de aprovisionamento.

O responsável máximo da Cartier explicou que 95% do ouro que consome vem da reciclagem na Europa (e em breve será 99%), porque a extração desse mineral é "extremamente poluente".

Mesmo assim, destacou, a empresa de joalharia continua a apoiar atividades extrativas que apresentem condições sociais "certificadas por organismos independentes, como no Peru", da mesma forma que, para os diamantes, só trabalham com países que participem do processo de Kimberley.

A Cartier faz parte do grupo de produtos de luxo Richemont, sediado na Suíça, que inclui marcas como a Van Cleef, Montblanc, IWC e Piaget.

No último ano, o grupo registou um volume de negócios de 13,1 mil milhões de euros e um lucro de 1,2 mil milhões.
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