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PSD quer ouvir ex-administrador do BCP que abordou Joe Berardo
Os deputados do PSD querem ouvir Filipe Pinhal, o então administrador do BCP que terá, segundo Joe Berardo, abordado o comendador para que este contraísse um crédito junto da Caixa para financiar a compra de ações do BCP.
O PSD quer ouvir o ex-administrador do BCP, Filipe Pinhal (na foto) que, segundo o comendador Joe Berardo, o terá procurado para contrair um crédito junto da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e, com isso, financiar a compra de ações do BCP.
"Tendo em conta as declarações públicas do comendador José Berardo, no passado dia 10 de maio nesta comissão de inquérito, onde afirmou que foi o então administrador do BCP, Filipe Pinhal, que lhe sugeriu fazer um crédito na Caixa, já que o próprio BCP não podia financiar a compra de ações suas", os deputados do PSD pedem "uma audição com caráter de urgência de Filipe Pinhal".
O pedido foi entregue pelo grupo parlamentar do PSD ao presidente da segunda comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD, Luís Leite Ramos.
Na sua audição, na sexta-feira passada, Joe Berardo garantiu que "foi a CGD que propôs o negócio" através do então diretor da CGD Cabral dos Santos. O objetivo era contrair um empréstimo junto do banco público para financiar a compra de ações do BCP, cujas garantias eram os próprios títulos. "Tentei ajudar os bancos numa altura de crise", afirmou então o empresário madeirense.
Berardo afirmou ainda ter ouvido "zunzuns" de que a Caixa estaria a financiar ações do BCP detidas pela própria Caixa através da Metalgest, a empresa do comendador. Os interlocutores, de acordo com Berardo, foram Filipe Pinhal e Peter Ferraz do lado do BCP e Cabral dos Santos por parte da CGD.
Os centristas pedem ainda à Associação Coleção Berardo "o envio de todas as atas de assembleias gerais e anexos, a lista de presenças nas respetivas assembleias gerais, os estatutos atuais e todas as versões anteriores, a lista de associados (em todas as qualidades) e detentores de títulos de participação, anual, de 2009 até à última assembleia geral".
À Associação Coleção Berardo, o CDS-PP pede também "relatórios de atividades e contas desde 2009, estrutura de participação antes e depois do aumento de capital mencionado por José Berardo (incluindo montantes e datas)", bem como "os autos do processo referido na audição".
O CDS-PP pede ainda "à Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Coleção Berardo nomes dos órgãos sociais, desde o início até hoje".
(Notícia atualizada com pedido do CDS)