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Presidente da CGD: garantia a jovens para crédito da casa não é "dinheiro a fundo perdido"
Em entrevista ao Eco, Paulo Macedo diz que dar garantia pública para os jovens que recorrem ao crédito habitação é "uma medida positiva", mas tem de ser dada apenas a quem tem condições para fazer face à dívida. Bancos devem fazer a avaliação de quem pode aceder a essa garantia, diz.
16 de Maio de 2024 às 09:01
O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, considera que dar uma garantia pública para os jovens que recorrem ao crédito habitação é "uma medida positiva", mas tem de ser dada apenas a quem tem condições para fazer face à dívida, defende numa entrevista ao Eco publicada esta quinta-feira.
"[A garantia pública aos jovens no crédito à habitação] é uma medida positiva, mas tem que ser muito bem explicada para não gerar expectativas. (...) As pessoas têm que mostrar que têm capacidade. É uma garantia, não é dinheiro a fundo perdido. E não é garantir 100% da dívida. Isso seria dar casas às pessoas", refere.
Em causa está uma medida anunciada pelo Governo de Luís Montenegro para facilitar o acesso dos jovens ao crédito à habitação. Segundo Paulo Macedo, devem ser os bancos a fazer a avaliação de quem tem condições para receber essa garantia, sendo que os beneficiários devem estar empregados e, apesar de "não terem a quantia inicial para despender", devem "conseguir fazer face ao serviço da dívida".
"[A garantia pública aos jovens no crédito à habitação] é uma medida positiva, mas tem que ser muito bem explicada para não gerar expectativas. (...) As pessoas têm que mostrar que têm capacidade. É uma garantia, não é dinheiro a fundo perdido. E não é garantir 100% da dívida. Isso seria dar casas às pessoas", refere.