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Novo Banco espera fechar venda da GNB Vida no último trimestre
O Novo Banco confirmou que o processo de venda da GNB Companhia de Seguros de Vida já arrancou. E disse esperar que entre Outubro e Dezembro esteja concluído.
O Novo Banco já arrancou com o processo de venda da seguradora GNB Seguros Vida, tendo iniciado formalmente o processo de contactos, noticiou ontem a Reuters, citando o porta-voz do banco. Hoje, a instituição liderada por António Ramalho (na foto) confirma, em comunicado à CMVM, o início deste processo.
Segundo o documento, o Novo Banco "informa que iniciou o processo organizado de venda de uma participação de até 100% do capital social da GNB Companhia de Seguros de Vida, S.A (GNB Vida)".
Este processo organizado de venda "tem a expectativa de concretização de um acordo para venda da GNB Vida durante o último trimestre de 2017", sublinha o comunicado. António Ramalho já tinha dito que esperava ver esta venda concluída ainda este ano, mas agora o prazo ficou mais definido.
A GNB Vida apoiará o accionista Novo Banco no processo de venda, na qualidade de provedor de informação e esclarecimento de dúvidas aos potenciais interessados, acrescenta o banco.
No contexto da transacção, "será igualmente avaliado o contrato de distribuição de longo prazo, em exclusividade, de produtos de seguros da GNB Vida na rede comercial do Novo Banco".
Este processo de venda, recorde-se, insere-se no processo de desinvestimento de activos não estratégicos do Novo Banco, "prosseguindo este a sua estratégia de foco no negócio bancário doméstico".
A seguradora, que esteve para ser vendida em 2015, tem activos de mais de 5 mil milhões de euros. A venda da GNB Vida voltou a ser notícia este ano, tendo o Negócios noticiado em Abril que a operação seria o primeiro teste ao mecanismo de partilha de riscos acordado entre a Lone Star e o Fundo de Resolução. A alienação está a ser preparada desde essa altura, sendo que a concretização só deverá ser concretizada depois de o fundo norte-americano controlar o Novo Banco.
A venda deverá representar uma menos-valia para o banco, que já registou uma provisão de 135 milhões para reconhecer a desvalorização deste activo.
Entre outros activos que o Novo Banco espera vender em breve contam-se a sucursal na Venezuela, o BES Vénétie e o Banco Internacional de Cabo Verde (tendo ontem sido assinado um acordo para ficar com apenas 10% dos 100% que detém actualmente).