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Lucro do Montepio cai para 17,7 milhões de euros até setembro

O banco liderado por Dulce Mota registou um resultado líquido positivo de 17,7 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2019, o que compara com os 22,4 milhões de euros obtidos no período homólogo. Também a margem financeira se degradou, passando de 189,3 milhões de euros para 180,4 milhões de euros.

Tiago Sousa Dias
25 de Novembro de 2019 às 08:36
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O banco Montepio fechou os primeiros nove meses de 2019 com lucros de 17,7 milhões de euros, resultado líquido que compara com os 22,4 milhões de euros conseguidos em igual período do ano passado. A instituição sublinha que este resultado reflete o "aumento de impostos em 27 milhões de euros e a menor contribuição das operações em descontinuação (Finibanco Angola) em 11,3 milhões de euros".

 

Em nota enviada às redações, o banco liderado por Dulce Mota revela ainda que a margem financeira da instituição também se degradou no período considerado, tendo passado de 189,3 milhões de euros entre janeiro e setembro do ano passado, para 180,4 milhões de euros até setembro.

Já no que diz respeito ao resultado antes de impostos verificou-se uma melhoria de 244,9%, já que passou de 12,7 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2019 para 43,8 milhões de euros entre janeiro e setembro de 2019.

Foi ainda alcançada uma melhoria ao nível dos custos operacionais, que desceram de 200 milhões de euros para 189,7 milhões de euros.

Os resultados permitem ainda notar que enquanto os depósitos de clientes aumentaram 1,5% para 12,574 mil milhões de euros, o volume de créditos concedidos recuou 4,8% relativamente ao final de dezembro de 2018 para 11,546 mil milhões de euros, evolução que o banco justifica com a venda de uma carteira de NPE (num montante de 268 milhões de euros) e por créditos abatidos ao ativo (write-offs) num valor de 108 milhões de euros. 


O Montepio faz também "referência ao plano de transformação em curso" que "prevê, para os próximos três anos, a execução de 12 iniciativas estratégicas orientadas para a dinamização do negócio, para o fortalecimento do balanço, para a organização e para a inovação tecnológica" da instituição, o que acabou por se repercutir na atividade desenvolvida pela instituição entre janeiro e setembro.

"Nesse enquadramento, os resultados em 30 de setembro de 2019 são compatíveis com o desenvolvimento do negócio e com os resultados que haviam sido previstos em orçamento para os primeiros nove meses de 2019. Apesar disso, a composição dos resultados difere da prevista no orçamento, em larga medida devido à não verificação de alguns pressupostos relevantes, em particular a evolução das taxas de juro determinadas pela política monetária do Banco Central Europeu", acrescenta ainda o comunicado do Montepio. 

 

(Notícia atualizada às 08:50)

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