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Faturas de luz e gás poderão vir a contar no crédito à habitação
No futuro, os bancos poderão vir a ponderar as despesas das famílias com energia nos critérios para a concessão de empréstimo para compra de casa, avança o Correio da Manhã.
Os bancos poderão vir a considerar nos critérios para a concessão de crédito à habitação a fatura das famílias com os bens energéticos, avança o Correio da Manhã na edição deste domingo, 27 de novembro, adiantando que esta é uma das novidades introduzidas pelo Banco de Portugal e que decorrem da exposição da banca às alterações climáticas.
"Não haverá, para já, nenhuma recomendação", mas "o livro nestas matérias está ainda a ser escrito, naturalmente que, mais tarde, é uma matéria que tem de ser tida em conta", afirmou Laginha de Sousa durante a apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira (REF), em declarações ao jornal.
De acordo com os dados citados no REF, a fatura energética média anual por agregado familiar na habitação (despesa com eletricidade, gás e outros combustíveis) era de 1.222 euros, representando cerca de 10,3% do total do rendimento familiar. Nas famílias com um rendimento inferior (700 a 1.200 euros mensais), aquele peso sobe para os 14,7%, fazendo com que estes agregados fiquem mais vulneráveis às variações do preço da energia.