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Citi: Brexit sem acordo ou governo de Corbyn provocarão abanão semelhante na banca britânica
Os bancos britânicos têm tantas razões para temer uma mudança na liderança do país que culmine na eleição de Jeremy Corbyn, o líder trabalhista, como os efeitos de uma saída da União Europeia sem acordo, defende o Citigroup numa análise recente.
A eventual eleição de Jeremy Corbyn como primeiro-ministro britânico teria um efeito negativo sobre a banca do Reino Unido equivalente àquele que se prevê caso exista um Brexit sem acordo, diz o Citigroup, citado pela Bloomberg.
O risco de haver um Brexit sem acordo tem vindo a dissipar-se e os títulos acionistas das cotadas do setor bancário têm recuperado. Contudo, o risco de eleições antecipadas tem-se avolumado, na sequência das críticas contínuas à gestão da atual primeira-ministra, Theresa May, em particular no que diz respeito à pasta do Brexit.
Uma análise do Citigroup ao efeito que a subida ao poder do principal partido da oposição, o Partido Trabalhista, teria no setor financeiro não é animadora. De acordo com o banco americano, "o impacto nos ganhos por ação (EPS, na sigla em inglês) dos bancos domésticos do Reino Unido pode ser potencialmente semelhante em magnitude a um Brexit sem acordo, sobretudo dada a quebra (previsívvel) no investimento nos negócios, a menor flexibilidade de custos e impostos mais altos", lê-se na nota enviada pelos analistas aos clientes.
Num cenário em que os trabalhistas ascendem ao governo, os bancos deverão cair a par com a libra britânica dadas as medidas "não-amigas dos negócios". Estas mesmas medidas podem provocar saídas de capital do Reino Unido, diz ainda o Citigroup. Este efeito seria menos gravoso nos bancos de caráter internacional que poderiam ainda beneficiar de uma quebra no preço da moeda britânica.