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Caixa: Reestruturação das operações em Espanha está no "bom curso"
O objectivo do plano é reduzir o número de agências e o número de colaboradores do Banco Caixa Geral. Antes do plano, o banco contava com 173 agências e 800 trabalhadores.
A Caixa Geral de Depósitos continua a fazer a reestruturação das suas operações em Espanha. O banco iniciou esta intervenção em 2013, está actualmente na primeira fase e prossegue "em bom curso", informou a instituição em comunicado divulgado esta terça-feira, 11 de Novembro.
O objectivo do plano é reduzir o número de agências do Banco Caixa Geral (BCG) para 100 a 110 e o número de colaboradores para 500 a 523 até 2017. Antes da entrada em vigor do plano, o banco contava com 173 agências e 800 trabalhadores.
Esta reestruturação está a ter lugar por imposição de Bruxelas, depois de o banco público português ter recebido ajudas públicas no valor de 1,65 mil milhões de euros. Desta forma, a Comissão Europeia desenhou um plano de reestruturação para a operação espanhola da Caixa.
No final do ano passado, o banco presidido por José de Matos tinha fechado a venda de 15 balcões à Cajalmendralejo e tinha chegado a acordo com os sindicatos espanhóis para encerrar mais 48 agências, reduzindo a sua rede para 120 sucursais.
A operação espanhola da Caixa fechou o ano de 2013 com um prejuízo de 182 milhões de euros, valor que engloba tanto as perdas do banco local como da sua sucursal, que ficou com o crédito malparado da instuição naquele país.
No relatório com as contas de 2013, o banco público sublinhava que a sua presença em Espanha, o principal parceiro de Portugal, era "crucial e de grande potencial na presente estratégia de negócio, sendo o espaço ibérico considerado como o mercado doméstico do grupo."
No comunicado, a Caixa sublinha que quer fechar o plano de reestruturação "de forma a assegurar a rendibilidade das operações em Espanha". Para não aplicar medidas adicionais, estão definidos indicadores de desempenho no plano de reestruturação, que "deverão ser atingidos até 2015".
Ao mesmo tempo, o banco público lembra no comunicado que o plano de reestruturação comunitário "prevê o pagamento faseado" da ajuda estatal, as obrigações convertíveis em acções (CoCo bonds).
O plano desenhado por Bruxelas para a Caixa também prevê a "liquidação gradual da carteira de activos provenientes da dívida do ex-BPN", de forma a reduzir-se para um valor abaixo dos cinco mil milhões de euros até ao final de 2017.