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António Ramalho lembra que o lucro chegou, mas o trabalho não acabou

Logo após a apresentação do resultado positivo do primeiro trimestre, o presidente do Novo Banco lembra que a rentabilidade do banco vai sofrer "por mais algum tempo".

David Martins 
11 de Junho de 2018 às 18:52
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O lucro chegou, mas o trabalho não acabou. Esta é a mensagem central das palavras de António Ramalho, nas declarações feitas após a apresentação de resultados do primeiro trimestre, período em que o Novo Banco obteve lucros de 60,9 milhões de euros.

 

"Apesar do resultado positivo, o banco continuará a dar total prioridade ao seu plano de reconstrução. Esse plano vai-nos custar tempo e dinheiro. Queremos reduzir a nossa carteira de NPLs (crédito vencido), queremos reduzir o custo do nosso passivo de mercado e queremos reduzir os nossos activos não estratégicos", continua António Ramalho, numa declaração por escrito.

 

O Novo Banco fechou Março com 9,3 mil milhões de euros em crédito malparado (NPL), menos 1,9 mil milhões do que um ano antes. Este tipo de empréstimos ainda representa 29,7% do crédito total da instituição. De qualquer forma, a cobertura por imparidades destes créditos subiu de 58,7%, em Dezembro, para 61,9%, em Março.

 

À venda estão participações em activos como a GNB Vida e o BES Vénétie, cujos registos no balanço do banco já tiveram um impacto negativo por antecipação, com o registo de imparidades no ano passado. Contudo, os dossiês ainda estão por encerrar. 

 

Além disso, há ainda um passivo titulado – com juros elevados – que continua a pesar no banco, como alerta o presidente executivo do banco, detido em 75% pela Lone Star. 

 

Para o CEO do banco, de que o Fundo de Resolução tem ainda 25% do capital, "estes objectivos de longo prazo ainda irão afectar a nossa rentabilidade por mais algum tempo". Um aviso deixado com a apresentação de um resultado líquido trimestral positivo.

 

"Nós, no Novo Banco, estamos focados na recuperação sustentável e não nos lucros imediatos", conclui António Ramalho.

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