Notícia
Setor de rent-a-car com quase 60% da atividade parada espera "pior ano de sempre"
Carros alugados para fins de lazer têm de ser entregues ao fim de cinco dias, mas a associação do setor estima que o número de veículos a uso seja "residual". Procura por carros de mercadorias tem aumentado, mas não compensa a quebra do turismo.
A Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC) espera que 2020 seja "o pior ano de sempre" para o setor. A culpa é do coronavírus, que está a deixar estacionados milhares de veículos de aluguer. O turismo representa 60% da atividade dos cerca de 150 associados da ARAC, que vêm neste momento a sobrevivência das empresas em risco.
"A situação das empresas é dramática, muitas dificilmente vão resistir, a não ser que haja apoios muito rapidamente. A Páscoa costuma ser uma época de pico, em que as frotas são reforçadas, e neste momento estão a ser canceladas todas as compras. Os carros que andam com turistas contam-se pelos dedos das mãos", diz ao Negócios Joaquim Robalo de Almeida, presidente da ARAC.
O responsável reagiu esta terça-feira ao decreto publicado ontem em Diário da República, que estabelece a devolução em cinco dias úteis de veículos de passageiros sem condutor, que tenham sido alugados antes do Estado de Emergência. A norma, esclarece a ARAC, aplica-se apenas aos carros "utilizados para fins de lazer ou equiparados". São estes que representam 60% da atividade das empresas de rent-a-car, que está neste momento "parada".
Já os veículos de passageiros que obedecem aos critérios de uso definidos pelo despacho não estão sujeitos a esta norma, logo não têm de ser entregues ao fim de cinco dias. A excepção abrange "deslocações para aquisição de bens ou serviços essenciais, nomeadamente medicamentos, e as deslocações por motivos de saúde ou para assistência a outras pessoas", e ainda "o exercício das atividades de comércio a retalho ou de prestação de serviços", bem como de "assistência a condutores e veículos avariados, imobilizados ou sinistrados".
"Os cinco dias correspondem a uma parte residual dos veículos em uso. Há poucos carros neste momento abrangidos por esta medida. Os carros podem ser usados para ir à farmácia ou ao supermercado, mas não para passear. Já as empresas que têm as suas frotas em regime de rent-a-car e estejam autorizada a laborar, também podem manter o uso dos carros", sublinha Joaquim Robalo de Almeida.
Fora dos limites impostos pelo despacho estão ainda os veículos de mercadorias, ou rent-a-cargo. Estes "constituem serviços essenciais na mobilidade de pessoas e mercadorias, fundamentais para a distribuição de alimentos, medicamentos, profissionais de saúde, bem como de outros profissionais de cuja atividade não se pode prescindir, pelo que estas empresas manter-se-ão em funcionamento".
Entre os associados da ARAC, o aluguer de carros de mercadorias tem aumentado nas últimas semanas, em parte devido ao aumento das compras online, ressalva o responsável. Nomeadamente,"tem havido um acréscimo da procura por parte de serviços de entregas de compras de supermercados e farmácias". No entanto, esta subida "não é suficiente" para compensar a quebra do turismo.
A ARAC representa 150 empresas e cerca de 6500 trabalhadores. Joaquim Robalo de Almeida prevê que a quebra da procura por carros alugados, e consequentemente do volume de negócios das empresas, venha a ter consequências na venda de carros, já que o rent-a-car "é o setor que mais viaturas compra em Portugal".
"A situação das empresas é dramática, muitas dificilmente vão resistir, a não ser que haja apoios muito rapidamente. A Páscoa costuma ser uma época de pico, em que as frotas são reforçadas, e neste momento estão a ser canceladas todas as compras. Os carros que andam com turistas contam-se pelos dedos das mãos", diz ao Negócios Joaquim Robalo de Almeida, presidente da ARAC.
Já os veículos de passageiros que obedecem aos critérios de uso definidos pelo despacho não estão sujeitos a esta norma, logo não têm de ser entregues ao fim de cinco dias. A excepção abrange "deslocações para aquisição de bens ou serviços essenciais, nomeadamente medicamentos, e as deslocações por motivos de saúde ou para assistência a outras pessoas", e ainda "o exercício das atividades de comércio a retalho ou de prestação de serviços", bem como de "assistência a condutores e veículos avariados, imobilizados ou sinistrados".
"Os cinco dias correspondem a uma parte residual dos veículos em uso. Há poucos carros neste momento abrangidos por esta medida. Os carros podem ser usados para ir à farmácia ou ao supermercado, mas não para passear. Já as empresas que têm as suas frotas em regime de rent-a-car e estejam autorizada a laborar, também podem manter o uso dos carros", sublinha Joaquim Robalo de Almeida.
Fora dos limites impostos pelo despacho estão ainda os veículos de mercadorias, ou rent-a-cargo. Estes "constituem serviços essenciais na mobilidade de pessoas e mercadorias, fundamentais para a distribuição de alimentos, medicamentos, profissionais de saúde, bem como de outros profissionais de cuja atividade não se pode prescindir, pelo que estas empresas manter-se-ão em funcionamento".
Entre os associados da ARAC, o aluguer de carros de mercadorias tem aumentado nas últimas semanas, em parte devido ao aumento das compras online, ressalva o responsável. Nomeadamente,"tem havido um acréscimo da procura por parte de serviços de entregas de compras de supermercados e farmácias". No entanto, esta subida "não é suficiente" para compensar a quebra do turismo.
A ARAC representa 150 empresas e cerca de 6500 trabalhadores. Joaquim Robalo de Almeida prevê que a quebra da procura por carros alugados, e consequentemente do volume de negócios das empresas, venha a ter consequências na venda de carros, já que o rent-a-car "é o setor que mais viaturas compra em Portugal".