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Parque Industrial da Autoeuropa despediu 100 trabalhadores este ano

A Comissão de Trabalhadores (CT) do Parque Industrial da Autoeuropa, em Palmela, garante que em apenas dois meses já foram despedidos 100 trabalhadores das empresas que fornecem a fábrica da Volkswagen. O CT estima que até ao fim do ano o número possa subir até aos 500 desepedimentos.

20 de Fevereiro de 2013 às 13:16
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“Ainda estamos apenas no segundo mês do ano, já temos mais de 100 postos de trabalho perdidos, o que confirma as nossas previsões avançadas no início de Novembro de 2012, de só no ano de 2013 poderem vir a ser cerca de 500 postos de trabalho afectados, entre despedimentos (a maioria) e Lay-Off”, lê-se no comunicado dos trabalhadores do parque de Palmela.

 

O comunicado dos trabalhadores avança que as empresas no parque têm avançado com despedimentos colectivos ou por mútuo acordo, de trabalhadores efectivos, nomeadamente, Faurecia, Grupo Schnellecke, Wheels, outras de trabalhadores temporários e contratados, como a SAS, a Inapal Plásticos, a Vanpro, a Isporeco, PaintYes (antiga SPPM), Peguform, etc.

 

É ainda conhecida a situação da própria Autoeuropa que está a trabalhar no sentido de encontrar soluções para cerca de 600 trabalhadores, trabalhadores em excesso que resultam da conjuntura do mercado.

 

“Neste período de redução da produção a experiência mostra-nos que a melhor maneira de manter aqui os trabalhadores, seja na Volkswagen Autoeuropa ou nas empresas do Parque, é com o recurso a formação profissional, aumentando as competências técnicas e académicas destes trabalhadores, mas não vemos disponibilidade de muitas empresas nem iniciativas do Governo para isso”, argumenta o CT do Parque industrial da Autoeuropa. “O desemprego e a falta de formação às novas técnicas de produção e aos novos produtos levam ao afastamento do investimento em Portugal” acrescentam.

 

As comissões de trabalhadores enfatizam que estão a procurar soluções para que o problema não seja mais grave, mas queixam-se que, “o mesmo já não pode dizer da parte do nosso Governo, nomeadamente pelo Ministério da Economia e Emprego que após nos ter recebido, não mais nos deu respostas sobre a documentação que enviámos no sentido de se encontrarem soluções alternativas aos despedimentos”.

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