Notícia
Alentejo lidera em olival e produção de azeitona e azeite em Portugal
Novas áreas de regadio, sobretudo do Alqueva, e a transformação de olivais tradicionais em modernos permitiram "afirmar o Alentejo como a região com maior produção de azeitona" em Portugal.
26 de Novembro de 2019 às 00:08
O Alentejo tem a maior área de olival e é a região que mais azeitona e azeite produz em Portugal, graças ao regadio do Alqueva e à transformação de olivais tradicionais em modernos, segundo o estudo "Alentejo: A Liderar a Olivicultura Moderna Internacional", que foi realizado por duas consultoras e é apresentado esta terça-feira em Beja na 6.ª edição das Jornadas da Olivum - Associação de Olivicultores do Sul.
"O Alentejo liderou a atual transformação da olivicultura internacional", refere o estudo, destacando o efeito do regadio da zona do Alqueva, onde, em agosto deste ano, existiam 55.185 hectares (ha) de olival, "mais de 90% moderno", que são "o maior reflexo de inovação, disrupção e desenvolvimento tecnológico do planeta".
Segundo o estudo, "foi necessária uma enorme evolução do ponto de vista de investigação, conhecimento e experiência para gerir" os olivais e lagares, "através de soluções completamente novas e que, em muitos casos pela primeira vez, foram desenvolvidos, desenhados, testados e utilizados" na zona do Alqueva.
O regadio do Alqueva permitiu reconverter o olival tradicional em moderno e, "do ponto de vista económico, assistimos a uma verdadeira revolução", já que, "em poucos anos", a cadeia de valor do azeite "mais do que triplicou" e "passou a valer cerca de 450 milhões de euros", diz o estudo.
"Esta maior geração de riqueza teve efeitos sociais muito positivos", contribuindo para o "aumento do emprego", a "dinamização de um território que estava 'adormecido'" e "a fixação de pessoas".
O Alentejo, frisa o estudo, "tem-se afirmado como a referência mundial no processo de modernização e de inovação da olivicultura, o que tem permitido colocar a região no centro das atenções do mundo agrícola".
A região "investiu em sistemas de produção modernos e eficientes" e apostou em lagares "com a tecnologia mais desenvolvida no mundo", o que tem permitido "aumentar" a produtividade dos olivais e "melhorar a qualidade" dos azeites "significativamente".
Nas últimas campanhas, "acentuou-se o peso do Alentejo como maior região produtora a nível nacional" e, nos últimos 18 anos, a área de olival na região aumentou quase 30 mil ha, passando de 158.559 ha em 2007 para 188.500 ha em 2018.
Novas áreas de regadio, sobretudo do Alqueva, e a transformação de olivais tradicionais em modernos permitiram "afirmar o Alentejo como a região com maior produção de azeitona" em Portugal.
Em 2018, o Alentejo produziu 76% da azeitona produzida em Portugal, três vezes mais do que em 1999, quando produziu 25,3%.
A transformação, com instalação de olivais de regadio modernos e eficientes, também permitiu aumentar "mais de seis vezes" a produtividade dos olivais na região nos últimos 18 anos.
No Alentejo, a média de produção dos olivais é de cerca de três toneladas de azeitona por ha, mas nos olivais modernos em plena produção conseguem-se médias de 10 a 12 toneladas por ha.
Por isso, segundo o mesmo estudo, espera-se "um crescimento muito acentuado" da produção de azeitona no Alentejo quando os olivais modernos recentemente instalados atingirem a plena produção.
Nos últimos 14 anos, a produção de azeite na região, apesar da variação anual do rendimento das azeitonas em azeite, variou entre 8.534 toneladas em 2005, o ano de menor produção, e 97.004 toneladas em 2017, o ano de maior produção.
No Alentejo, a cadeia de valor do setor olivícola, que inclui as produções de azeitona e azeite, "mais do que triplicou no espaço de oito anos" e, atualmente, vale "cerca de 450 milhões de euros".
O olival é a cultura que "tem atraído mais investimento externo, em particular" na zona do Alqueva, indica o estudo, lembrando quem "os espanhóis foram os principais impulsionadores da primeira fase de expansão dos olivais modernos na região", mas, com a expansão do Alqueva, o investimento na cultura "passou a ser liderado" por portugueses.
A maior parte (84%) do olival existente na zona do Alqueva concentra-se nos concelhos de Beja (18.834 ha), Serpa (14.115 ha), Ferreira do Alentejo (7.042 ha), Vidigueira (3.891 ha) e Moura (2.530 ha).
No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020, até fevereiro de 2019, o investimento em olival representava 64,39% do investimento agrícola total realizado no Alentejo.
"O Alentejo liderou a atual transformação da olivicultura internacional", refere o estudo, destacando o efeito do regadio da zona do Alqueva, onde, em agosto deste ano, existiam 55.185 hectares (ha) de olival, "mais de 90% moderno", que são "o maior reflexo de inovação, disrupção e desenvolvimento tecnológico do planeta".
O regadio do Alqueva permitiu reconverter o olival tradicional em moderno e, "do ponto de vista económico, assistimos a uma verdadeira revolução", já que, "em poucos anos", a cadeia de valor do azeite "mais do que triplicou" e "passou a valer cerca de 450 milhões de euros", diz o estudo.
"Esta maior geração de riqueza teve efeitos sociais muito positivos", contribuindo para o "aumento do emprego", a "dinamização de um território que estava 'adormecido'" e "a fixação de pessoas".
O Alentejo, frisa o estudo, "tem-se afirmado como a referência mundial no processo de modernização e de inovação da olivicultura, o que tem permitido colocar a região no centro das atenções do mundo agrícola".
A região "investiu em sistemas de produção modernos e eficientes" e apostou em lagares "com a tecnologia mais desenvolvida no mundo", o que tem permitido "aumentar" a produtividade dos olivais e "melhorar a qualidade" dos azeites "significativamente".
Nas últimas campanhas, "acentuou-se o peso do Alentejo como maior região produtora a nível nacional" e, nos últimos 18 anos, a área de olival na região aumentou quase 30 mil ha, passando de 158.559 ha em 2007 para 188.500 ha em 2018.
Novas áreas de regadio, sobretudo do Alqueva, e a transformação de olivais tradicionais em modernos permitiram "afirmar o Alentejo como a região com maior produção de azeitona" em Portugal.
Em 2018, o Alentejo produziu 76% da azeitona produzida em Portugal, três vezes mais do que em 1999, quando produziu 25,3%.
A transformação, com instalação de olivais de regadio modernos e eficientes, também permitiu aumentar "mais de seis vezes" a produtividade dos olivais na região nos últimos 18 anos.
No Alentejo, a média de produção dos olivais é de cerca de três toneladas de azeitona por ha, mas nos olivais modernos em plena produção conseguem-se médias de 10 a 12 toneladas por ha.
Por isso, segundo o mesmo estudo, espera-se "um crescimento muito acentuado" da produção de azeitona no Alentejo quando os olivais modernos recentemente instalados atingirem a plena produção.
Nos últimos 14 anos, a produção de azeite na região, apesar da variação anual do rendimento das azeitonas em azeite, variou entre 8.534 toneladas em 2005, o ano de menor produção, e 97.004 toneladas em 2017, o ano de maior produção.
No Alentejo, a cadeia de valor do setor olivícola, que inclui as produções de azeitona e azeite, "mais do que triplicou no espaço de oito anos" e, atualmente, vale "cerca de 450 milhões de euros".
O olival é a cultura que "tem atraído mais investimento externo, em particular" na zona do Alqueva, indica o estudo, lembrando quem "os espanhóis foram os principais impulsionadores da primeira fase de expansão dos olivais modernos na região", mas, com a expansão do Alqueva, o investimento na cultura "passou a ser liderado" por portugueses.
A maior parte (84%) do olival existente na zona do Alqueva concentra-se nos concelhos de Beja (18.834 ha), Serpa (14.115 ha), Ferreira do Alentejo (7.042 ha), Vidigueira (3.891 ha) e Moura (2.530 ha).
No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020, até fevereiro de 2019, o investimento em olival representava 64,39% do investimento agrícola total realizado no Alentejo.