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Americanos donos dos Lusíadas expandem-se em Braga
Não há entraves à concorrência com a compra da Clínica Médico Cirúrgica de Santa Tecla por parte do grupo Lusíadas, decidiu a autoridade liderada por António Ferreira Gomes.
O grupo Lusíadas, que há dois anos falhou a aquisição da Espírito Santo Saúde, expandiu-se em Braga. A Autoridade da Concorrência já deu aval à operação através da qual a Clínica Médico Cirúrgica de Santa Tecla vai passar para o grupo detido pela Amil, que pertence aos americanos da UnitedHealth, por não ver riscos de falta de concorrência.
"Em 11 de Agosto de 2016, o Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência, no uso da competência que lhe é conferida pela alínea d) do n.º 1 do artigo 19.º dos Estatutos, aprovados pelo Decreto-Lei n.º 125/2014, de 18 de Agosto, delibera adoptar uma decisão de não oposição à presente operação de concentração, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 50.º da Lei da Concorrência, uma vez que a mesma não é susceptível de criar entraves significativos à concorrência efectiva no mercado relevante identificado", assinala o comunicado.
A clínica de Santa Tecla em Braga presta cuidados de saúde médicos e passa a pertencer ao grupo que tem já várias clínicas em Gaia, Almada e Lisboa e cinco hospitais e que já foi da Caixa Geral de Depósitos.
"O grupo Lusíadas Saúde vai apostar na abertura de clínicas de proximidade na zona de envolvência dos principais hospitais", afirmou em entrevista ao jornal Oje José Carlos Magalhães, presidente do Grupo Lusíadas Saúde.
Segundo o Económico, o grupo está também a comprar a clínica de Santo António Amadora e da Clínica de Santo António Sacavém.
Os Lusíadas são o grupo de saúde que pertencia à Caixa Geral de Depósitos vendido por imposição da troika em 2013 ao grupo brasileiro Amil, detido pela UnitedHealth. Em 2014, o grupo americano quis adquirir a Espírito Santo Saúde mas acabou por ser a Fosun a ficar com a empresa de área de saúde do antigo GES.
Nos últimos tempos tem havido movimentação no sector da saúde: a Luz Saúde expandiu-se tanto no campo hospitalar como nas clínicas; o grupo Mello, da CUF, anunciou um investimento de 200 milhões no ano passado para crescer; o British passou para o grupo belga da FPB; o grupo IMAG tem-se expandido com aquisições.