Notícia
Rui Tavares alerta para desmobilização à esquerda e defende mudança de discurso
Se os partidos à esquerda "optam por uma tática de valorizar mais os fatores de desentendimento do que de entendimento, nesse caso o eleitorado desmobiliza-se e não vai votar", alertou este sábado o cabeça de lista do Livre.
22 de Janeiro de 2022 às 17:42
O dirigente do Livre Rui Tavares alertou este sábado para uma desmobilização do eleitorado à esquerda, caso os partidos insistam em ataques entre si, considerando que "ainda há tempo" para mudar o discurso.
O cabeça de lista do Livre por Lisboa, que esteve hoje de visita ao bairro Casal da Boba, no concelho da Amadora, sustentou que a esquerda, "quando dá sinais de convergência e de ser consequente, mobiliza o seu eleitorado" e é "premiada", algo que aconteceu em 2019, altura em que "todos os partidos à esquerda cresceram".
"E cresceram porquê? Porque o eleitorado de esquerda viu que eles se conseguiram entender. Se optam por uma tática de valorizar mais os fatores de desentendimento do que de entendimento, nesse caso o eleitorado desmobiliza-se e não vai votar", alertou.
Tavares insistiu que não devem ser feitas "chantagens sobre o eleitorado" e que não se deve "gastar tempo em ataques entre a esquerda", apontando para o risco "muito maior" de "a direita aliada à extrema-direita".
"Neste momento, sendo uma maioria à direita uma perspetiva tão arriscada, porque trará agarrada a si a extrema-direita, que noutros países já provocou tanto em termos de danos à democracia, é muito importante que a esquerda saiba mobilizar os seus eleitores", apontou.
Sem especificar partidos, o dirigente do Livre disse ainda que "os diretórios partidários às vezes têm razões que a razão desconhece e às vezes põem a tática à frente da estratégia", acrescentando que "o eleitor em Portugal, e claramente o eleitor à esquerda, está à espera de uma palavra de motivação" e se "ouvir que há soluções irá votar".
"Mas ainda há tempo, ainda há tempo para mudarem de discurso. E se não mudarem de discurso, verão que o eleitorado premiará quem sempre teve o discurso da convergência", avisou.
Questionado sobre o ataque ao Livre feito pelo secretário-geral do PS, António Costa, no debate das rádios entre todos os partidos, sobre o tema da energia nuclear, Rui Tavares desvalorizou, dizendo que foi um "ataque enganador, motivado pelo período de campanha".
"Nós sabemos como é que essas coisas são e não entramos nesse jogo, não erramos nos alvos. Agora, o que eu sei é que se não entenderem essa necessidade [de convergência] então nesse caso concorrem para desmobilizar o eleitorado e arrepender-se-ão de o terem feito. Aliás, eu creio que nessa lógica de pressionar o eleitorado para uma maioria absoluta às vezes as pessoas devem ter cuidado com aquilo que desejam e devem ouvir mais aquilo que as pessoas que nós vamos encontrando desejam e as pessoas desejam que lhe sejam apresentados caminhos", vincou.
O cabeça de lista do Livre por Lisboa, que esteve hoje de visita ao bairro Casal da Boba, no concelho da Amadora, sustentou que a esquerda, "quando dá sinais de convergência e de ser consequente, mobiliza o seu eleitorado" e é "premiada", algo que aconteceu em 2019, altura em que "todos os partidos à esquerda cresceram".
Tavares insistiu que não devem ser feitas "chantagens sobre o eleitorado" e que não se deve "gastar tempo em ataques entre a esquerda", apontando para o risco "muito maior" de "a direita aliada à extrema-direita".
"Neste momento, sendo uma maioria à direita uma perspetiva tão arriscada, porque trará agarrada a si a extrema-direita, que noutros países já provocou tanto em termos de danos à democracia, é muito importante que a esquerda saiba mobilizar os seus eleitores", apontou.
Sem especificar partidos, o dirigente do Livre disse ainda que "os diretórios partidários às vezes têm razões que a razão desconhece e às vezes põem a tática à frente da estratégia", acrescentando que "o eleitor em Portugal, e claramente o eleitor à esquerda, está à espera de uma palavra de motivação" e se "ouvir que há soluções irá votar".
"Mas ainda há tempo, ainda há tempo para mudarem de discurso. E se não mudarem de discurso, verão que o eleitorado premiará quem sempre teve o discurso da convergência", avisou.
Questionado sobre o ataque ao Livre feito pelo secretário-geral do PS, António Costa, no debate das rádios entre todos os partidos, sobre o tema da energia nuclear, Rui Tavares desvalorizou, dizendo que foi um "ataque enganador, motivado pelo período de campanha".
"Nós sabemos como é que essas coisas são e não entramos nesse jogo, não erramos nos alvos. Agora, o que eu sei é que se não entenderem essa necessidade [de convergência] então nesse caso concorrem para desmobilizar o eleitorado e arrepender-se-ão de o terem feito. Aliás, eu creio que nessa lógica de pressionar o eleitorado para uma maioria absoluta às vezes as pessoas devem ter cuidado com aquilo que desejam e devem ouvir mais aquilo que as pessoas que nós vamos encontrando desejam e as pessoas desejam que lhe sejam apresentados caminhos", vincou.