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Rio: "A aproximação que há ao PS é a mesma que há ao CDS"

Para já, PSD e CDS farão caminhos separados. Rio diz que a possibilidade de coligações pós-eleitorais não foi tratada com Cristas. Mas a porta para falar sobre o assunto "no futuro" ficou aberta.

António Pedro Santos/Lusa
O líder do PSD recusou esta quinta-feira, 1 de Março, que haja uma aproximação do partido ao PS maior do que aquela que existe ao CDS. À saída do encontro que teve com Assunção Cristas, Rui Rio disse aos jornalistas que o cenário de coligações pós-eleitorais não foi tratado, mas não fechou a porta a que no futuro não seja falado. Para já, Rio e Cristas seguem separados. 

Embora reconheça que partilham uma "visão comum", porque "nem o CDS nem o PSD se revêem nesta solução governativa", Rio não quis passar ao lado do que tem defendido desde que foi escolhido para presidente do partido à saída dos vários encontros institucionais que tem mantido.

"O entendimento que tenho de que o país deve procurar ter entendimentos que levem a reformas estruturais" foi hoje também transmitido à líder do CDS. Rio explicou aos jornalistas que tem procurado "mostrar" que há reformas estruturais que só avançarão se houver um acordo mais alargado.

"Quer de um lado quer do outro encontro receptividade para esta ideia", garantiu. 

Questionado sobre se no encontro com Cristas foi falado um cenário de coligação pós-eleitoral, o líder do PSD assegurou que não, remetendo, porém, essa possibilidade para o futuro. "Não falámos sobre isso. Poderemos vir a falar no futuro. Neste momento cada um faz o seu caminho". 

De seguida explicou que quando fala na necessidade de entendimentos entre partidos não está excluir nenhum, nem a dar preferência. "Nunca disse que queria fazer um acordo com o PS. Disse que queria fazer acordos estruturais com todos os partidos."

E deu como exemplo uma possível discussão de uma alteração nas regras para eleger deputados. "Por que não deveria o Bloco de Esquerda discutir isto também?"

No entanto, recusou partilhar o caminho que se segue com Cristas, que falou em combater as "esquerdas unidas". "Um rumo conjunto não", disse, não rejeitando, porém, que por vezes os dois partidos possam chamar a atenção para os mesmos problemas e deu como exemplo a situação do sector da saúde.

"Não há nenhuma aproximação ao PS. A aproximação que há ao PS é a mesma que há ao CDS", garantiu, rejeitando que possa ser feita uma "leitura política" do facto de ter reunido primeiro com António Costa e só agora com Assunção Cristas. 

Sobre a lei do financiamento dos partidos, que será discutida e votada no Parlamento esta sexta-feira depois do veto de Marcelo Rebelo de Sousa, Rio defendeu que, no que toca à isenção do IVA, para os partidos, o novo presidente do PSD mantém a mesma posição: se for uma isenção total está contra. Esta quinta-feira explicou que só valerá a pena mexer na lei se for possível "tipificar" as diferentes situações em que os partidos pagam e não pagam IVA. "Se conseguirem tipificar melhor é positivo senão é deixar como está". 

(Notícia actualizada às 16:07)
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