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PSD e CDS têm "fé" no turismo religioso
Os deputados da maioria entregaram no Parlamento um projecto de resolução que recomenda ao Governo que valorize este segmento, que garante já 10% do movimento turístico em Portugal, no revisão em curso do Plano Estratégico Nacional do Turismo.
Santiago de Compostela, Lourdes, Roma, Terra Santa ou Meca. Todos estes locais são símbolos turísticos internacionais e os deputados que suportam a maioria consideram que “Portugal não pode ficar à margem desta discussão, com posicionamentos claros de outros países nesta matéria”.
Daí que tenham apresentado esta quinta-feira um diploma na Assembleia da República para que seja valorizado o turismo religioso como “um dos produtos estratégicos a incluir no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT)”, cuja revisão está em curso.
Os deputados do PSD e CDS, entre os quais os respectivos líderes parlamentares, Luís Montenegro e Nuno Magalhães, advertem que “o turismo religioso, enquanto potencial de um produto estratégico e prioritário, deverá consolidar-se como um factor gerador de riqueza para o País”, sublinhando que “três quartos do património material e imaterial português se calcula ser religioso, entre igrejas, mosteiros, sinagogas, arte sacra” e que este segmento religioso já justifica perto de 10% do actual fluxo turístico em Portugal.
“O afluxo de cerca de cinco milhões de visitantes por ano, por exemplo, em Fátima, passando por todas as outras ‘rotas’ religiosas do País, como Braga, Porto, Lisboa, as judiarias, etc., são motivo bastante para fazer reflectir sobre este recurso estratégico para o turismo nacional”, acrescenta o projecto conjunto dos social-democratas e democratas-cristãos.