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Marcelo Rebelo de Sousa: "Não votar é metermos a cabeça na areia, é perdermos por falta de comparência"

Esta noite, pelas 20 horas, o Presidente da República dirigiu-se ao país, num breve discurso de três minutos e meio para apelar ao voto nas eleições europeias, que se realizam amanhã, 9 de junho.

João Cortesão
08 de Junho de 2024 às 20:12
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O Presidente da República pediu hoje aos eleitores que participem nas eleições europeias usando o voto como arma de liberdade, democracia e de paz, considerando que a Europa vive a situação mais grave dos últimos 30 anos.

 

"No passado, temos ligado de menos a estas eleições que, no entanto, sendo sobre a Europa, são também sobre Portugal, sobre nós próprios: a nossa democracia, as nossas condições de vida, a nossa circulação, as nossas comunidades na Europa", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa comunicação ao país a partir do Castelo de Leiria, a propósito das eleições de domingo.

 

"Portugueses: Vale a pena, desta vez, ainda mais do que nunca, mostrar que o voto é uma arma de liberdade, uma arma de democracia, uma arma de paz. A arma que não existia até 1974", acrescentou.

 

Numa mensagem aos eleitores, com cerca de três minutos e meio, o chefe de Estado referiu que, neste momento, "o que está em causa é uma guerra" em território europeu, na Ucrânia, "os seus efeitos e a urgência de garantir o mais rapidamente possível que seja ultrapassado" esse conflito.

 

"Agora, não votar é metermos a cabeça na areia, é perdermos por falta de comparência, em vez de dizermos o que queremos, de darmos mais força aos nossos representantes na Europa, de darmos mais força à Europa no mundo", declarou.

 

Marcelo Rebelo de Sousa realçou que nestas eleições para o Parlamento Europeu "já votaram antecipadamente mais de 225 mil portugueses" e que "é possível votar amanhã [domingo] em mobilidade", em qualquer secção de voto do país.

 

No início da sua declaração, traçou as diferenças entre a atual conjuntura e a situação "muito diferente" que se vivia nas anteriores eleições europeias, em 2019, ainda antes da pandemia de covid-19 e consequente crise e da guerra na Ucrânia iniciada com a invasão russa de fevereiro de 2022.

 

Segundo o chefe de Estado, "em 2019 acreditava-se que tudo podia ser mais rápido no crescimento contínuo das economias e na muito maior justiça social, corrigindo as desigualdades em que perdem as pessoas no seu dia a dia -- e perdem sempre os mais pobres, dependentes e frágeis".

 

"Vivemos o que sabemos ser a situação mais grave na Europa nos últimos 30 anos", considerou.

 

"Agora, já não podemos fazer de conta de que não há guerra, que nos é indiferente que dure pouco ou muito, ou o modo como acaba, que ela não nos toca a todos, nos preços, nos salários, no emprego, na incerteza sobre o nosso futuro", argumentou.

 

O Presidente da República terminou a habitual mensagem presidencial transmitida em véspera de atos eleitorais defendendo que ir votar "é mais importante, é mais necessário, é mais urgente do que nunca".

 

Marcelo Rebelo de Sousa apelou aos eleitores para que não desperdicem esta "oportunidade ainda mais única" de construir o futuro, "sobretudo num momento crítico para a Europa, para Portugal e para todos".

 

Em Portugal, as eleições europeias vão realizar-se no domingo, disputadas por 17 partidos e coligações: AD (PSD/CDS-PP/PPM), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

 

No Parlamento Europeu, Portugal terá 21 deputados em 720.



(Notícia atualizada às 20:48)

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