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Museu de 20 milhões mostra como a Alemanha gosta do dinheiro

A Alemanha abriu o seu Museu do Dinheiro na sexta-feira, após uma renovação que custou 19 milhões de euros (20 milhões de euros).

18 de Dezembro de 2016 às 22:27
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A cautela alemã na impressão de dinheiro já é antiga.

 

Em 1772, a Saxónia decidiu testar a nova e perigosa invenção do papel-moeda para fazer frente às suas dívidas. Apesar da tentação que teria sido deixar as impressoras trabalharem sem parar, Frederick Augustus III optou, em vez disso, por aplicar uma "política de emissão com limite". Em resultado, os seus "Cassenbillets" tornaram-se uma forma de pagamento popular durante mais de um século.

 

A mensagem de moderação monetária pode ser encontrada - e talvez isso não seja surpresa - no Bundesbank, onde a instituição que por muito tempo foi guardiã da moeda do país abriu o seu Museu do Dinheiro na sexta-feira, após uma renovação. A exposição, orientada principalmente para crianças em idade escolar, passou por seis anos de obras que custaram 19 milhões de euros (20 milhões de dólares).

 

Na primeira sala, os visitantes são informados de que o dinheiro da zona do euro "é a moeda legal aceite como pagamento por produtos e para liquidação de dívidas" - uma mensagem tranquilizadora para as pessoas que têm medo do dinheiro que não podem tocar.

 

Os visitantes também podem tentar identificar dinheiro falso e tocar numa barra de ouro. Para alertar sobre o impacto da inflação na economia real, uma réplica de supermercado exibe uma prateleira com frascos gradualmente mais vazios para mostrar como 100 euros hoje comprariam cada vez menos produtos ao longo dos anos sob diferentes taxas de crescimento do índice de preços ao consumidor.

 

O que faz lembrar os argumentos dos membros alemães do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu ao longo dos anos, à medida que a política monetária era flexibilizada devido ao golpe duplo da recessão e do risco de deflação. Contudo, comparado com a encarnação anterior do museu, de 1999 a 2010, essa atitude de "falcão" está menos evidente.

 

O jogo que pedia aos visitantes que ocupassem a cadeira dos banqueiros centrais para controlar a inflação foi retirado. Nem mesmo as autoridades da época conseguiram evitar a hiperinflação.

 

Agora, os visitantes são convidados a usar uma roda para evitar a queda de uma moeda de euro. A deflação tem seu próprio painel. E é claro que o euro, que substituiu o marco alemão em 2002, é a verdadeira estrela da exposição.

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