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Navio grego atingido por projéteis ao largo da costa do Iémen

Um comunicado do Ministério da Marinha Mercante grego adianta que o navio-tanque em causa é o Sounion, de pavilhão grego, com uma tripulação de "25 pessoas - dois russos e 23 filipinos - todos de boa saúde".

DR
21 de Agosto de 2024 às 18:59
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O governo da Grécia informou esta quarta-feira que o navio hoje atingido por três projéteis ao largo da costa do Iémen, causando um incêndio a bordo, é um petroleiro grego.

O navio foi atingido a oeste do porto de Hodeida, relatou a agência britânica de segurança marítima UKMTO, acrescentando que o ataque não causou vítimas, mas informando sobre um incêndio a bordo e perda de potência de propulsão, impossibilitando manobrá-lo.

Um comunicado do Ministério da Marinha Mercante grego adianta que o navio-tanque em causa é o Sounion, de pavilhão grego, com uma tripulação de "25 pessoas - dois russos e 23 filipinos - todos de boa saúde".

O navio pertence à Delta Tankers, uma empresa com instalações em Atenas, adiantou um porta-voz da polícia portuária grega.

O petroleiro vinha do Iraque e tinha como destino Agii Theodori, um porto próximo de Atenas onde estão instaladas refinarias, segundo o ministério grego, que afirmou que o navio tinha sofrido danos materiais e que permanecia na zona por enquanto, sem detalhar sobre a sua capacidade de navegar.

Segundo o comandante do navio, que não foi identificado, duas pequenas embarcações começaram por se aproximar do navio durante a noite.

"A primeira embarcação tinha entre três e cinco pessoas a bordo, enquanto a segunda tinha cerca de 10", disse a UKMTO, citada pela agência espanhola EFE.

As duas pequenas embarcações apontaram para o navio mercante, "o que levou a uma breve troca de tiros de armas ligeiras", referiu.

Após o primeiro incidente com as embarcações, o navio foi atingido por três projéteis, tendo sofrido posteriormente um novo ataque.

O incidente ocorreu após mais de uma semana sem qualquer ação dos rebeldes apoiados por Teerão contra navios no Mar Vermelho e no Mar Arábico.

O ataque não foi imediatamente reivindicado, mas a zona tem sido palco de ataques dos rebeldes Huthis do Iémen, contra navios que acreditam estar ligados a Israel, alegando estarem a agir em solidariedade com os palestinianos da Faixa de Gaza, onde decorre um conflito entre Israel e o Hamas há mais de dez meses.

O ministro grego da Marinha Mercante, Christos Stylianides, condenou o ataque, descrevendo-o como uma "violação flagrante do direito internacional" e uma "grave ameaça à segurança da navegação internacional".

Em comunicado de imprensa, a mesma fonte sublinhou que "tais atos põem em perigo a vida dos marinheiros e perturbam a livre circulação de mercadorias em corredores marítimos essenciais".

O ministério está em contacto permanente com todos os organismos envolvidos, acrescentou.

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