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Kremlin: Putin planeia reconhecer independência de regiões separatistas na Ucrânia

Presidente da Rússia transmite esta noite mensagem televisiva em que deverá anunciar os seus planos de reconhecer a independência das regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk. Decisão já foi transmitida à Alemanha e França, que consideram decisão um "quebra unilateral" dos acordos de Minsk.

reuters
21 de Fevereiro de 2022 às 18:43
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O presidente russo, Vladimir Putin, transmitiu esta segunda-feira ao presidente de França, Emmanuel Macron, e ao chanceler alemão, Olaf Scholz, que pretende assinar um decreto que reconheça as regiões separatistas do leste da Ucrânia, as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk, como independentes.

Em comunicado, o Kremlin anuncia os planos depois de Scholz ter indicado que a intenção de Putin seria uma "clara violação" dos acordos de Minsk, assinados em 2014 para pôr fim à guerra no leste da Ucrânia. 

A Rússia anunciou ainda que Putin fará ainda esta segunda-feira uma transmissão televisiva, sem hora anunciada, onde deverá ser conhecida a intenção de reconhecer a independência das regiões da Ucrânia controladas por forças separatistas pró-russas.



Na tarde desta segunda-feira, membros do Conselho de Segurança transmitiram a posição de reconhecimento da independência das regiões do este da Ucrânia, abrindo caminho para Moscovo enviar forças militares às zonas de Donetsk e Luhansk, sob o pretexto de intervir como aliado contra a Ucrânia.

Segundo o Guardian, dois terços dos 110 batalhões de militares russos encontram-se a 50 quilómetros ou menos da fronteira com a Ucrânia - mais do dobro em relação à semana passada, considerando que as forças da Rússia encontram-se "preparadas para invadir" assim que Putin dê a ordem. Os EUA avançam que a Rússia tem, neste momento, entre 170 e 190 mil militares na fronteira da Ucrânia, incluíndo rebeldes nas regiões separatistas no leste do país.

Scholz condena intenções de Putin

Em reação, o chanceler alemão condenou as afirmações do presidente russo ao anunciar a intenção de reconhecer as duas regiões ucranianas como independentes.

Em comunicado, o gabinete de Scholz refere que avisou Putin de que qualquer movimentação resultaria numa "quebra unilateral" dos acordos de Minsk, pedindo ao presidente russo que desmobilize e ordene a retirada de forças militares da fronteira com a Ucrânia. 

Já Emmanuel Macron, pediu esta segunda-feira uma reunião de segurança nacional relativamente aos desenvolvimentos após a reunião com Putin e também com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e Scholz, para a coordenação de uma reação da Europa aos mais recentes desenvolvimentos.
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