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Atentado na Turquia com 51 mortos condenado a nível internacional

Um atentado num casamento na Turquia fez meia centena de mortos. O Presidente turco diz que o atentado foi feito por um jovem que tinha entre 12 e 14 anos e "provavelmente" obra do auto-proclamado Estado Islâmico. Comunidade internacional condenou o ataque.

Umit Bektas/Reuters
21 de Agosto de 2016 às 17:59
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A comunidade internacional condenou o atentado num casamento curdo no sudeste da Turquia, que provocou pelo menos 51 mortos e quase uma centena de feridos, e reafirmou o apoio ao país na luta contra o terrorismo.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que no atentado, perpetrado por um bombista suicida com idade entre os 12 e os 14 anos, morreram 51 pessoas, mais uma do que o balanço feito anteriormente pelo governador de Gaziantep.

De acordo com o chefe de Estado turco, o atentado ocorrido no espaço onde decorria um casamento na cidade de Gaziantep, onde estava um grande número de curdos, foi "provavelmente" obra do grupo jihadista autoproclamado Estado Islâmico, também conhecido pelo acrónimo árabe Daesh.

Um dos primeiros líderes internacionais a reagir ao atentado foi o Presidente russo, Vladimir Putin, que expressou que "o que aconteceu reitera a necessidade de realmente combinar esforços de toda a comunidade internacional na luta contra o terrorismo".

Num telegrama dirigido a Erdogan, o chefe do Kremlin mostrou-se disponível "a reforçar a cooperação antiterrorista" com os seus parceiros turcos, depois dos acordos alcançados recentemente em São Petersburgo.

"Uma vez mais estamos convencidos de que o terrorismo não reconhece os princípios que regem as sociedades civilizadas, nem as normas mais básicas da moral humana", acrescentou.

Putin expressou as condolências às famílias das vítimas e destacou que o crime cometido "em pleno casamento choca pela sua crueldade e cinismo".

O Presidente francês, François Hollande, qualificou de ignóbil o atentado e, numa mensagem de condolências às autoridades e ao povo turco, sublinhou que a França está junto a "todos os que lutam contra a praga do terrorismo".

O presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, o espanhol Pedro Agramunt, manifestou repulsa por "este novo ato de violência" e transmitiu uma mensagem de apoio à Turquia pelo "dramático ataque".

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, lamentou o sucedido através da rede social Twitter: "Os terroristas espalharam a morte e a dor onde estava a ser celebrado o amor e a vida".

"Os meus pensamentos e condolências às famílias e amigos das vítimas deste horrível ataque em Gaziantep", acrescentou Schulz.

O comissário europeu da Migração, Dimitris Avramopoulos, apontou a "violência cega", também através de uma mensagem no Twitter, e sublinhou a necessidade de união "contra todas as formas de terrorismo".

"Outra vez um ataque horrível chocou a Turquia. Outra vez enfrentamos os métodos bárbaros de terror e outra vez morreram pessoas inocentes", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank Walter Steinmeier, ao lamentar que "um casamento, uma festa de alegria, se tenha convertido num pesadelo".

O Governo espanhol condenou "fortemente" o "terrível" atentado e transmitiu a sua solidariedade a todos os familiares das vítimas, ao povo turco e às autoridades do país.

Também os governos da Arábia Saudita e Egito condenaram o atentado, com Riade a reiterar "total solidariedade e apoio à Turquia contra o terrorismo" e o Cairo a expressar as suas condolências e o desejo de rápidas melhoras dos feridos.

O Governo do Irão, através do porta-voz do Ministério do Exterior, Bahram Qasemi, enviou as condolências e classificou o atentado como um ato "abominável contra a humanidade".

"Os objectivos sinistros e anti-humanos" do terrorismo 'takfiri' dos extremistas sunitas visam a paz e a estabilidade nos países da região "e requerem uma luta séria dos países da zona contra este fenómeno violento", afirmou Qasemi.
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