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Líder de Hong Kong não se vai recandidatar a segundo mandato
Carrie Lam, que lidera o executivo da região de Hong Kong, anunciou que não tem planos para se recandidatar a um segundo mandato. Lam prepara-se assim para pôr fim a um período de cinco anos enquanto líder do executivo.
A líder do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou esta segunda-feira que não pretende recandidatar-se a um novo mandato. O anúncio foi feito durante um encontro com a imprensa, citado pelas agências internacionais.
Carrie Lam está prestes a terminar um mandato de cinco anos, que ficará marcado não só pela pandemia de covid-19 mas também pelo crescente isolamento deste centro financeiro. E, de acordo com a informação apresentada no briefing, Lam terá feito chegar esta indicação de que não pretende avançar para um segundo mandato às autoridades de Pequim, há já mais de um ano.
"Esta é uma questão da minha vontade pessoal e aspiração", explicou, referindo que essas duas questões são baseadas em "considerações familiares". "Isto foi o que disse ao governo central. Eles expressaram a sua compreensão", indicou, citada pela Bloomberg.
De acordo com dados do Instituto de Opinião Pública de Hong Kong, a veterana burocrata é a líder menos popular desde que o Reino Unido entregou o controlo de Hong Kong à China, em 1997.
O sucessor de Carrie Lam assumirá funções a 1 de julho. Os interesses em assumir estas funções têm agora duas semanas para se preparar para competir nas votações de 8 de maio. A líder de Hong Kong preferiu não comentar os relatos que apontam que o seu número 2, John Lee, esteja a preparar uma candidatura, indicando que ainda não recebeu o aviso que é obrigatório quando oficiais do governo pretendem candidatar-se a posições mais elevadas.
Além das questões ligadas à pandemia de covid-19, o mandato de Carrie Lam também ficará marcado pela impopular decisão de apresentar uma proposta que permitiria enviar para a China suspeitos de crimes. Em 2019, esse foi o rastilho para os maiores protestes já vistos nas ruas de Hong Kong.
O antecessor de Carrie Lam, Leung Chung-ying, também optou por não avançar para um segundo mandato, tendo em conta o aumento do descontentamento em Hong Kong.