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Trump adianta que encontro com Putin vai decorrer na Arábia Saudita
Trump disse aos jornalistas na Sala Oval que, embora vá manter contacto com Putin principalmente por telefone, planeiam encontrar-se pessoalmente, sendo que o primeiro encontro terá "provavelmente lugar na Arábia Saudita", sem adiantar uma data.
Trump disse aos jornalistas na Sala Oval que, embora vá manter contacto com Putin principalmente por telefone, planeiam encontrar-se pessoalmente, sendo que o primeiro encontro terá "provavelmente lugar na Arábia Saudita", sem adiantar uma data.
O governante norte-americano enfatizou que ele e Putin conhecem o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman e que o seu reino "poderá, portanto, ser um ótimo lugar" para se encontrarem.
"Teremos uma primeira reunião e depois veremos o que podemos fazer a esse respeito", acrescentou.
Donald Trump garantiu também que vê um cessar-fogo na Ucrânia "num futuro não tão distante".
O republicano considerou ainda que a adesão à NATO por parte da Ucrânia, um desejo de Kiev, "não é realista", contradizendo a postura de apoio que a anterior administração de Joe Biden (democrata 2021-2025) demonstrou em relação a Kiev.
Ainda em declarações aos jornalistas na Casa Branca, Trump sublinhou que "terá de haver eleições em algum momento" na Ucrânia.
Trump e Putin, mantiveram hoje uma longa conversa telefónica em que, entre outros assuntos, discutiram a guerra na Ucrânia e se comprometeram a iniciar "de imediato" negociações sobre o assunto.
"Queremos pôr fim aos milhões de mortos ligados à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O Presidente Putin utilizou mesmo o meu poderoso 'slogan' de campanha: "BOM SENSO". Ambos acreditamos firmemente nele", congratulou-se o Presidente norte-americano na mensagem que publicou na sua rede social, a Truth Social.
Por seu lado, o Kremlin anunciou que Putin disse hoje, na conversa telefónica com Trump, querer encontrar uma "solução de longo prazo" para o conflito ucraniano através de "conversações de paz".
"O Presidente Putin mencionou a necessidade de atacar as causas profundas do conflito e concordou com Trump que uma solução a longo prazo poderá ser encontrada através de conversações de paz", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à comunicação social.
Além da Ucrânia, a conversa incidiu também sobre a situação no Médio Oriente, a questão nuclear iraniana e as relações russo-norte-americanas na esfera económica, acrescentou o porta-voz da presidência russa.
Por último, os dois líderes discutiram "questões relacionadas com a troca de cidadãos [presos] entre a Rússia e os Estados Unidos".
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.