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EUA manda chinesa HNA vender prédio ao pé da Trump Tower
A accionista chinesa da TAP, a HNA, foi mandada vender um imóvel no perímetro de protecção à Trump Tower, noticiou o Wall Street Journal.
O departamente de investimento estrangeiro dos Estados Unidos da AMérica (Committee on Foreign Investment in the United States - CFIUS), que tem a incumbência de analisar se os investimentos estrangeiros apresentam preocupações de segurança nacional, já informou a HNA de que tem de alienar a sua participação no imóvel em Manhattan, em Nova Iorque, localizado num perímetro policial com vigilância à Trump Tower, noticiou o Wall Street Journal.
A ordem foi enviado há já alguns meses, e não foram dadas explicações do motivo.
A CFIUS é uma agência norte-americana, sob o comando do secretário de Estado do Tesouro. Este departamento recusou comentar.
O porta-voz da HNA, à Reuters, garante que não "há qualquer confisco ou venda forçada em curso ou pendente do [imóvel] da Third Avenue 850".
"Há factos e circunstâncias no que concerne a localização deste imóvel em particular que não existiam quando foi feita a compra, e que levantaram preocupações. HNA está a tomar medidas para endereçá-las", acrescentou.
O grupo comprou, em 2016, 90% do imóvel, avaliado em 463 milhões de euros, meses antes de Donald Trump ganhar as eleições presidenciais. O edifício está a poucos quarteirões da Trump Tower, onde o presidente norte-americano mantém uma casa.
A HNA, no entanto, está em processo de alienação de activos, até para fazer face aos problemas financeiros. Esta semana, recorda a Reuters, vendeu 30% na transportadora aérea Avolon Holdings tà japonesa Orix por 2,2 mil milhões de euros, e acertou a venda da Radisson Holdings a um consórcio liderado pelo grupo chinês Jin Jiang International Holdings.