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Ex-presidente de Moçambique defende melhor preparação para renegociar com multinacionais

"Para se poder renegociar em pé de força, é preciso que o país tenha capacidade humana, tecnológica e financeira", diz Joaquim Chissano

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15 de Setembro de 2024 às 15:55
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O antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano defendeu este domingo, 15 de setembro, que o país deve estar melhor preparado para renegociar os contratos de exploração de recursos naturais com as multinacionais, para evitar que continue a dependência em relação ao grande capital estrangeiro.

Os candidatos presidenciais e partidos políticos concorrentes às eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique têm prometido, durante a campanha eleitoral em curso, renegociar os contratos de exploração de recursos naturais para que o país obtenha mais ganhos neste domínio e promova a industrialização, através da retenção e transformação das matérias-primas.

"Para se poder renegociar em pé de força, é preciso que o país tenha capacidade humana, tecnológica e financeira", afirmou Joaquim Chissano, em declarações à emissora pública Rádio Moçambique.

O país não pode exigir maiores vantagens da extração dos recursos naturais para depois depender de recursos financeiros e tecnológicos do grande capital externo, prosseguiu o antigo chefe de Estado moçambicano (1986-2005).

Joaquim Chissano enfatizou que o país precisa de conhecimento interno para a capitalização dos recursos naturais necessários à industrialização. "Só com a exploração e transformação interna dos recursos marítimos, agrícolas, florestais e minerais é que o país pode conquistar rapidamente a sua independência económica", avançou Chissano.

O tema de renegociação dos megaprojetos, continuou, deve ser debatido pela sociedade civil, setor privado e Governo.  

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