A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) assegura que os tribunais estão "quase paralisados" devido aos problemas registados na plataforma Citius e pediu medidas "urgentes" para que funcionem "com o mínimo de normalidade".

"O que é um facto objectivo é que os tribunais estão quase paralisados", disse a secretária-geral da ASJP, a juíza Maria José Costeira, reagindo às declarações da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz (na foto), em que assumiu "integralmente a responsabilidade política" pelos "transtornos" registados na plataforma informática Citius, mas negou que estes tivessem causado o "caos". Citada pela Lusa, a juíza afirmou que, neste momento, não estão "preocupados com o assumir de responsabilidades", mas sim com o funcionamento dos tribunais.

"Os tribunais não estão a viver um transtorno, os tribunais estão numa situação complicadíssima de quase paralisia, estão a tramitar apenas os processos urgentes e os julgamentos que estão a ser feitos são aqueles que tinham sido agendados antes das férias", sustentou.

A secretária-geral da ASJP disse também que é necessário "um compromisso sério e vinculativo" que estabeleça uma calendarização sobre a entrada em funcionamento do Citius. Afirmou ainda que é necessário que o Conselho Superior de Magistratura estabeleça "um plano de acção para resolver os problemas enquanto não há plano informático".