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Investigações por lavagem de dinheiro triplicaram em cinco anos
Os crimes de branqueamento de capitais têm vindo a crescer nos últimos anos, com as investigações a crescer por três vezes num espaço de cinco anos. No mesmo período, as acusações cresceram em cinco vezes.
A justiça portuguesa está mais atenta aos crimes de branqueamento de capitais e as investigações por lavagem de dinheiro mais do que triplicaram entre 2019 e 2024, de acordo com dados recolhidos pelo Público no último Relatório Anual de Segurança Interna.
Só no ano passado foram abertos 1.844 inquéritos relacionados com este tipo de crime, um valor que mais do que triplicou em relação aos 522 verificados em 2019. Só entre 2023 e 2024 observou-se um aumento superior a 40% destas investigações.
De acordo com a publicação, as fraudes praticadas através da internet têm vindo a fazer aumentar o crime de branqueamento de capitais, uma vez que o ato ilícito anterior (gerador de dinheiro "sujo") por norma acontece fora de Portugal.
Mas não foram apenas as investigações que cresceram de forma acentuada, com as acusações a subirem uma proporção superior. Em 2019 somavam-se 18 inquéritos com acusação, passando em 2021 para 48 e em 2024 foram atingidas 101 acusações, com uma subida superior em cinco vezes no espaço de cinco anos.