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António Maia: "Ficámos desapontados" quando projeto sobre corrupção não foi acolhido

O Observatório de Economia e Gestão da Fraude propôs fazer um mapeamento da corrupção em Portugal, mas projeto não foi acolhido. "Questionámos até que ponto a corrupção é algo para trabalhar com profundidade", afirma António Maia.

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O Observatório de Economia e Gestão da Fraude (OBEGEF) apresentou um projeto ao Orçamento Participativo Portugal para fazer um mapeamento da corrupção em Portugal, o que acabou por não ser acolhido.

"Ficámos desapontados e questionámos internamente até que ponto a corrupção é, efetivamente, alguma coisa, para se trabalhar com maior profundidade", afirmou António Maia, vice-presidente do OBEGEF, numa entrevista ao Negócios e à Antena 1.

O mapeamento seria feito a partir dos casos que estão nos tribunais e procurava fazer uma caracterização do perfil dos envolvidos, das entidades envolvidas, das funções que estavam a ser desenvolvidas.

Questionado se esse devia ser um levantamento a ser feito pelo Governo, António Maia respondeu que sim. "Devia ser tratado em termos de políticas públicas. E Portugal tem estruturas para este conhecimento".

Para António Maia, esse mapeamento traria "melhor informação para se perceber de modo mais adequado como desenhar essa estratégia, como articular as entidades no sentido de no seu conjunto produzirem um trabalho mais profícuo".

Questionado sobre um relatório recente da Comissão Europeia, que considera que há uma falta de estratégia coordenada de prevenção na corrupção, o investigador admite que "se calhar falta alguma articulação entre as entidades. Admito que fosse útil ser aprofundada essa cooperação".

"Mas não podemos dizer que não há cooperação, porque existe, mas se fosse mais aprofundada, por ventura, seria mais profícua. Entendemos que seria importante de alguma maneira se estabelecesse um propósito, uma espécie de um objetivo, queremos caminhar para ali. Porque conhecer e mapear o problema não é em si mesmo a solução", afirmou. 

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