A rede alegadamente liderada por Paulo Nazaré, ex-sargento dos Comandos, e que se dedicava ao tráfico de diamantes, ouro, droga e branqueamento de capitais, contava com vários elementos, entre eles dois advogados, avança o jornal Público esta quinta-feira. De acordo com o jornal, um dos advogados está entre os 11 detidos pela Polícia Judiciária e o outro foi apenas alvo de busca domiciliária. 

O advogado que foi detido elaborava, segundo a mesma publicação, contratos fictícios para justificar certas transferências. Também foram detetadas movimentações suspeitas nas suas contas, como a origem e o destino desconhecidos de dinheiro que lhe chegava e que acabava por transferir.

Também o recurso a várias empresas era uma prática corrente na rede para disfarçar avultadas transferências de dinheiro. O jurista terá sido apresentado a Paulo Nazaré por um dos seus cúmplices no âmbito de transferências bancárias e da compra em numerário de bitcoins.