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Relação rejeita recurso de Sócrates para afastar juiz Carlos Alexandre  

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) rejeitou um recurso de José Sócrates para afastar o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Carlos Alexandre do processo 'Operação Marquês'.

Carlos Alexandre é o 13.º Mais Poderoso 2015
Muitos dos mais mediáticos crimes de 'colarinho branco' têm passado por si. Até por isso, o poder que a Justiça lhe confere, enquanto juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, é suficiente para que conste da lista dos Mais Poderosos. Contudo, quando a inédita prisão preventiva de um ex-primeiro-ministro foi por si decidida, a percepção pública do poder que detém registou, naturalmente, uma notória amplificação. E o eco subiu de tom, com a prisão domiciliária daquele que já foi o 'dono disto tudo'.
Lusa 09 de Fevereiro de 2018 às 22:01

Numa decisão a que a agência Lusa teve hoje acesso, o TRL rejeitou o recurso interposto por José Sócrates sobre as questões da incompetência do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) e à caducidade do exercício da acção penal.

 

O tribunal recusou também considerar ilegais os despachos proferidos pela hierarquia do Ministério Público relacionados com a aceleração processual e as prorrogações do prazo de inquérito do processo no qual José Sócrates é acusado de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada.

 

O tribunal entendeu ainda que não houve violação das regras que regulam a conexão de processos, bem como o argumento da defesa sobre a inexistência de indícios de crime.

 

Os juízes também não deram provimento ao pedido da defesa para que fosse declarado nulo o interrogatório complementar de Sócrates a 13 de Março 2017.

 

O TRL recusou igualmente declarar inválido e/ou inexistente o inquérito por ilegitimidade e incapacidade da Autoridade Tributária para a investigação do inquérito.

 

Foi ainda recusado o pedido da defesa para que fosse declarado inválido o processo por violações da publicidade interna e do segredo externo.

 

No âmbito da 'Operação Marquês' foi deduzida acusação contra 28 arguidos, entre eles o ex-primeiro-ministro José Sócrates, a quem são imputados 31 crimes.

 

Estão acusadas um total de 19 pessoas singulares e nove empresas, incluindo o ex-banqueiro Ricardo Salgado, os gestores Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, o fundador do Grupo Lena Joaquim Barroca e o antigo ministro socialista Armando Vara.

 

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