Notícia
Luxemburgo alarga cedências no sigilo bancário
Estado diz-se disposto a partilhar informação fiscal e bancária sobre multinacionais, além de pessoas singulares.
O Luxemburgo está disposto a ir mais longe no levantamento do sigilo bancário para efeitos fiscais. Depois de, num primeiro momento, ter admitido vir a levantar algumas das restrições ao acesso de informação sobre pessoas singulares, o Governo admite agora também flexibilizar as regras para as multinacionais.
O objectivo é afastar a imagem de paraíso fiscal a que o grão ducado está associado, em particular depois do colapso do sistema financeiro cipriota.
A notícia é avançada pelo “Financial Times”, citando o ministro das Finanças luxemburguês, Luc Frieden. O responsável adiantou que o Governo está disposto a alargar o número de contas cobertas pelos novos acordos de partilha de informação com os EUA e a Europa, de modo a abranger também as multinacionais.
Depositário de um dos maiores volumes de activos financeiros da Europa, no rescaldo da crise em Chipre, o Luxemburgo apressou-se a anunciar que as regras do sigilo bancário seriam aligeiradas de 2015 em diante, mas apenas para os indivíduos particulares.
Contudo, em entrevista ao “Financial Times”, o ministro das Finanças mostra-se agora mais flexível, dizendo que o país está “confortável em partilhar informação sobre as multinacionais e singulares”.