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Bagão Félix: Devia ter-se reduzido o IVA da energia em vez da restauração

Para o ex-ministro das Finanças, o Governo já devia ter reduzido o IVA da electricidade, que é um bem essencial para as famílias e empresas. Em vez disso, preferiu baixar o IVA da restauração, beneficiando um sector em detrimento de todos os outros.

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António Bagão Félix considera que foi "um disparate completo" reduzir o IVA da restauração. Além de caro, esse "disparate" não teve nenhum efeito positivo na economia nem para as pessoas e impede uma medida necessária e justa que é a descida do IVA da electricidade, um bem essencial para as famílias e fulcral para a competitividade das empresas. 

"Foi um disparate completo ter reduzido o IVA sobre a restauração, como aliás se vê: as pessoas não beneficiaram da diminuição do preço do custo das refeições porque não houve. Há aumento de emprego mas esse aumento de emprego não resulta da diminuição da taxa, resulta do aumento da procura, quer interna quer do turismo e viagens", afirmou o ex-ministro das Finanças em entrevista ao Negócios e à Antena 1.

Em vez disso, o era necessário baixar o IVA da electricidade, uma medida defendida pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP mas que o Ministério das Finanças rejeitou pelo seu elevado custo orçamental. Necessário "fundamentalmente por duas razões: porque se trata de um bem essencial. Eu posso escolher não ir a um restaurante, agora a energia é difícil  … pode reduzir-se, mas enfim é um bem essencialíssimo. Por outro lado permitiria uma maior competitividade nas empresas portuguesas", argumenta o economista, que foi também ministro da Segurança Social e do Trabalho.

Na entrevista que será publicada na íntegra no Negócios na segunda-feira Bagão Félix defende também que o Governo não deve fazer mais alterações fiscais e pede um acordo de regime sobre os principais impostos em Portugal. 

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