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Siza Vieira: "Vamos ter um Orçamento amigo das empresas"

Em declarações ao semanário Expresso, o ministro Adjunto adiantou que resolver o problema do financiamento das empresas foi uma das três prioridades do Governo.

13 de Outubro de 2018 às 15:42
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"Vamos ter um Orçamento amigo das empresas - como os anteriores também o foram". Quem o diz é Pedro Siza Vieira, ministro Adjunto, em entrevista ao Expresso, publicada este sábado. "Estamos atentos aos pedidos das confederações empresariais e estamos a trabalhar em algumas das suas propostas", adiantou dias antes de o Orçamento ser entregue na Assembleia da República.
 
Siza Vieira sublinhou que muitos pormenores só ficarão fechados no Conselho de Ministros deste sábado, por isso não avançou quais serão os instrumentos que as empresas terão ao seu dispôr. Mas explicou que as prioridades do governo estão focadas no aprofundamento do Programa Capitalizar, para "continuar a apoiar o esforço de investimento das pequenas e médias empresas (PME)", em conjunto com a eliminação do pagamento especial por conta (PEC) e o alargamento do alcance da taxa reduzida de IRC para PME. 
 

Estas duas medidas foram já anunciadas por Mário Centeno, ministro das Finanças, e Vieira da Silva, ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, na Concertação Social.
 

Siza Vieira respondeu às críticas dos patrões ao Governo e aos partidos que o apoiam de n
ão ter preocupações com a competitividade das empresas. O ministro refere que, na frente fiscal, o alargamento de três instrumentos como a remuneração convencional do capital social (RCCS), os apoios ao investimento (RFAI) e o reinvestimento de lucros não distribuídos (DLRR) consumiram uma despesa fiscal anual de 230 milhões de euros em 2017 (comparado com 174 milhões de euros em 2015, segundo estatísticas da Autoridade Tributária), que, segundo o Governo, deverá continuar a aumentar. Além disso, através de três linhas de crédito já chegaram três mil milhões de euros em empréstimos bonificados a cerca de 32 mil empresas.


Estes são, aliás, mecanismos para os quais as empresas "estão absolutamente despertas" e das quais "fazem um balanço bastante positivo", disse o ministro. "Vou falando bastante com as associações empresariais e o que ouço delas é que querem que tomemos medidas ao abrigo do Capitalizar", acrescentou Siza Vieira.
 

"Antes da crise, as empresas estavam quase exclusivamente dependentes do financiamento bancário de curto prazo, mas esse modelo dificilmente continuará", antecipou o ministro ao semanário. Por isso, "se queremos que as empresas continuem a investir, temos de ajudá-las a diversificar as suas fontes de financiamento e a reforçarem a sua autonomia financeira. É o que continuaremos a fazer", garantiu o ministro.
 
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