Notícia
Leão assume: tem informação "robusta" para esperar défice abaixo da meta de 4,3%
Em entrevista à Reuters, e a duas semanas de fechar o ano, o ministro das Finanças assume com elevada certeza que espera fechar 2021 com um défice "ligeiramente abaixo" da meta de 4,3%.
E pelo sexto ano consecutivo, João Leão – primeiro secretário de Estado do Orçamento e agora ministro das Finanças – prepara-se para um novo brilharete orçamental. Em entrevista à Reuters, o governante assume que tem informação "robusta" para antecipar um défice "ligeiramente abaixo" da meta de 4,3% que tinha definido para este ano.
"Temos um grau elevado de segurança que Portugal pode cumprir, mais uma vez, a meta do défice orçamental de 4,3% este ano e pode, inclusivamente, ficar abaixo... com base na informação mais recente que temos, que já é bastante robusta", assumiu o governante. "No limite poderá ficar num valor ligeiramente abaixo," admitiu.
A alta probabilidade de fechar 2021 com um défice abaixo do projetado – tal como aconteceu em 2016, 2017 (excluindo a capitalização da Caixa Geral de Depósitos), 2018, 2019 e 2020 – já tinha sido sinalizada ao Negócios por vários peritos em contas públicas há cerca de duas semanas, quando a Direção Geral do Orçamento revelou as contas até outubro.
Na altura, o Governo não quis adiantar mais informação e assegurou que não tinha ainda nenhuma estimativa melhor para o défice deste ano, para além da projeção de 4,3% do PIB que tinha inscrito na proposta de Orçamento do Estado para 2022 (que acabou por ser chumbada pelo Parlamento).
Mas agora o governante assume essa possibilidade, frisando o bom momento da recuperação económica, apesar da subida do número de contágios por covid-19. Aliás, João Leão reconhece que as medidas de saúde pública adotadas neste momento foram desenhadas por forma a proteger também a economia. "Apesar da Europa estar na quarta vaga da pandemia, em Portugal a economia mantém-se a funcionar. As medidas foram tomadas pelo Governo no sentido de evitar que afetasse a atividade económica", diz.
"Os indicadores que temos, neste momento, é que Portugal está numa fase de franca recuperação", sublinha. "Estamos confiantes que vamos crescer em torno de 4,8% este ano", indica, reafirmando assim a projeção mais recente para o PIB. "No mês de Novembro as compras através de Multibanco das famílias portuguesas superaram em 8% as do período homólogo de 2019", adianta.
O bom desempenho económico e a contenção das contas públicas vão colocar a dívida pública de novo numa trajetória descendente, assegura João Leão. "Portugal vai ter uma redução da dívida dos cerca de 135% o ano passado para 126,9% que prevemos para este ano", afirma, mantendo a meta que já estava na proposta de OE 2022.
Para o próximo ano, João Leão sublinha a importância de se encontrarem condições de "governabilidade e estabilidade" para o país, na sequência das eleições legislativas marcadas para 30 de janeiro. Presumindo que o resultado eleitoral o permite, "é de esperar que Portugal tenha uma forte recuperação económica".
O ministro diz que, seria "prematuro" entrar em conversações com outros partidos antes das eleições mas não fechou a porta a entendimentos, seja com a esquerda, seja com o PSD. "O PS é o partido que está mais bem posicionado nesta fase, tem maiores condições de conseguir uma maioria reforçada. Esperemos que isso possa ser materializado", apelou.
"Temos um grau elevado de segurança que Portugal pode cumprir, mais uma vez, a meta do défice orçamental de 4,3% este ano e pode, inclusivamente, ficar abaixo... com base na informação mais recente que temos, que já é bastante robusta", assumiu o governante. "No limite poderá ficar num valor ligeiramente abaixo," admitiu.
Na altura, o Governo não quis adiantar mais informação e assegurou que não tinha ainda nenhuma estimativa melhor para o défice deste ano, para além da projeção de 4,3% do PIB que tinha inscrito na proposta de Orçamento do Estado para 2022 (que acabou por ser chumbada pelo Parlamento).
Mas agora o governante assume essa possibilidade, frisando o bom momento da recuperação económica, apesar da subida do número de contágios por covid-19. Aliás, João Leão reconhece que as medidas de saúde pública adotadas neste momento foram desenhadas por forma a proteger também a economia. "Apesar da Europa estar na quarta vaga da pandemia, em Portugal a economia mantém-se a funcionar. As medidas foram tomadas pelo Governo no sentido de evitar que afetasse a atividade económica", diz.
"Os indicadores que temos, neste momento, é que Portugal está numa fase de franca recuperação", sublinha. "Estamos confiantes que vamos crescer em torno de 4,8% este ano", indica, reafirmando assim a projeção mais recente para o PIB. "No mês de Novembro as compras através de Multibanco das famílias portuguesas superaram em 8% as do período homólogo de 2019", adianta.
O bom desempenho económico e a contenção das contas públicas vão colocar a dívida pública de novo numa trajetória descendente, assegura João Leão. "Portugal vai ter uma redução da dívida dos cerca de 135% o ano passado para 126,9% que prevemos para este ano", afirma, mantendo a meta que já estava na proposta de OE 2022.
Para o próximo ano, João Leão sublinha a importância de se encontrarem condições de "governabilidade e estabilidade" para o país, na sequência das eleições legislativas marcadas para 30 de janeiro. Presumindo que o resultado eleitoral o permite, "é de esperar que Portugal tenha uma forte recuperação económica".
O ministro diz que, seria "prematuro" entrar em conversações com outros partidos antes das eleições mas não fechou a porta a entendimentos, seja com a esquerda, seja com o PSD. "O PS é o partido que está mais bem posicionado nesta fase, tem maiores condições de conseguir uma maioria reforçada. Esperemos que isso possa ser materializado", apelou.