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Católica melhora previsão de crescimento para 2,3% em 2019

Política orçamental do Governo prevista para o próximo ano 2019 leva Católica a melhorar ligeiramente estimativa de crescimento para 2,3% em 2019. 

António Pedro Santos/Lusa
10 de Outubro de 2018 às 14:01
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Os economistas da Universidade Católica melhoraram a estimativa de crescimento da economia portuguesa no próximo ano para 2,3%, ficando ligeiramente acima do previsto pelo Governo para 2019.

 

O Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) estimava que a economia crescesse 2,2% em 2019, mas, na folha de conjuntura divulgada nesta quarta-feira, 10 de Outubro, mostra-se ligeiramente mais optimista.

 

"De acordo com declarações públicas dos membros do Governo sobre o Orçamento do Estado para 2019, é de esperar que a postura orçamental seja expansionista, o que combinado com a continuação da recuperação económica este ano justifica a revisão em ligeira alta da previsão 2019, de 2,2% para 2,3%", prevêem.

 

Segundo apurou o Negócios e foi confirmado pelos grupos parlamentares, o Governo está a trabalhar com uma previsão de crescimento económico de 2,2% no próximo ano, ligeiramente inferior aos 2,3% previstos no Programa de Estabilidade 2018-2020.

 

O NECEP melhorou também a estimativa de crescimento para 2020, de 2% para 2,1%. No entanto, esta revisão em alta é "motivada apenas pela melhoria do crescimento tendencial da economia portuguesa".

 

Para o ano corrente, a Católica mantém a estimativa de um crescimento de 2,4% do PIB, antecipando que a economia deverá ter mantido no terceiro trimestre um ritmo de crescimento semelhante ao trimestre anterior. 

 

O NECEP prevê que o PIB tenha crescido 2,4% em termos homólogos e 0,6% em cadeia no terceiro trimestre, tal como aconteceu no segundo trimestre.

 

Segundo o Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP), as exportações vão continuar a suportar a recuperação da economia, ganhando terreno face ao período homólogo.

 

Também o investimento pode recuperar de forma "mais expressiva" no terceiro trimestre. Já o consumo privado deverá ter um crescimento semelhante ao do PIB.

 

Em relação ao saldo das Administrações Públicas, o NECEP continua a calcular um défice "próximo de 0,9% do PIB, na ausência de medidas adicionais", acima da meta de 0,7% do Governo

 

"Acrescem riscos oriundos do sector financeiro e das empresas públicas que podem obrigar a medidas pontuais de capitalização com uma dimensão apreciável, não apenas na execução deste ano, mas também na do próximo. Porém, o Governo dispõe dos instrumentos necessários para cumprir as metas do défice se assim o entender", observam os economistas.

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