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Eurostat confirma défice de 0,5% em 2018

O INE já tinha publicado a primeira estimativa do défice de 2018. O resultado ficou melhor do que a meta definida pelo ministro das Finanças.

Lusa
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O Eurostat validou esta terça-feira, 23 de abril, o valor do défice estimado pelo Instituto Nacional de Estatística para 2018, nos 0,5% do PIB. O organismo de estatística de Bruxelas aceitou sem reservas o valor enviado pela autoridade estatística portuguesa.

O número fica abaixo dos 3% de défice registados em 2017 (dos quais 2,1 pontos percentuais se justificam pelo aumento de capital na Caixa Geral de Depósitos) e melhor do que a meta de 0,7% que tinha sido definida pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.

Apesar de ser um recorde histórico para Portugal, o valor do défice ficou igual ao da média do euro, que passou de 1% registado em 2017, para 0,5%. Já o conjunto da União Europeia registou um valor ligeiramente superior, de 0,6% do PIB.

Conforme publica o Eurostat, também a primeira estimativa para o valor da dívida portuguesa em 2018 foi validada, nos 121,5% do PIB. Mário Centeno tinha apontado para um número ligeiramente melhor, de 121,2% do PIB.

O peso do endividamento público português continua a ser o terceiro mais elevado e fica ainda muito acima da média da Zona Euro, que registou uma dívida de 85,1% do PIB dos países da moeda única. A dívida pública da UE foi de 80% do PIB.

Receita ganha peso, despesa perde

Segundo as contas apresentadas pelo Eurostat, o peso da receita pública no PIB português aumentou. Em 2018, chegou aos 43,5%, depois de ter ficado em 42,7% em 2017. Já o peso da despesa no PIB diminuiu, de 45,7% para 44%, o que implica que o aumento nominal dos gastos está a acontecer a um ritmo mais baixo do que o crescimento da economia.

No conjunto da Zona Euro, a despesa pública pesa mais, tendo atingido os 46,8% do PIB. Também a receita tem um peso superior ao registado na economia portuguesa, de 46,3%. Contudo, face a 2017 este rácio subiu apenas duas décimas, mantendo-se abaixo do peso da despesa no PIB da Zona Euro, ao contrário do que acontece em Portugal.

Tal como na Zona Euro, no conjunto da União Europeia, a despesa pública pesa mais no PIB do que a receita (45,6%, contra 45% do PIB).

Luxemburgo tem o maior excedente, Chipre o maior défice

O Luxemburgo registou o maior excedente orçamental da União Europeia, com 2,4% do PIB. A Bulgária e Malta atingiram 2% de superavit e a Alemanha reforçou o excedente orçamental de 1% para 1,7% do seu PIB.

Já os maiores défices foram registados pela Roménia, que ficou no limite dos 3% do PIB, e pelo Chipre, que furou a barreira definida no Pacto de Estabilidade e Crescimento, tendo atingido os 4,8% do PIB.

(Notícia atualizada às 10h50, com mais informação)
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