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Divida externa líquida cai para o valor mais baixo desde 2009

A dívida externa líquida de Portugal reduziu-se de 87,8% no final de 2020 para 80,7% no final de 2021.

9º Banco de Portugal
21 de Fevereiro de 2022 às 13:19
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A dívida externa líquida de Portugal reduziu-se para 80,7% (o equivalente a 170,6 mil milhões de euros) no final de 2021, o valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2009, segundo os dados divulgados esta segunda feira pelo Banco de Portugal (BdP). O montante compara com 87,8% no final de 2020, ou seja, 175,6 mil milhões de euros.

O indicador, que corresponde à posição de investimento internacional deduzida dos instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, caiu assim no ano passado. Paralelamente, em dezembro de 2021, a posição de investimento internacional (PII) de Portugal tornou-se menos negativa.

O saldo entre os ativos financeiros sobre o exterior detidos por residentes e os passivos emitidos por residentes e detidos pelo resto do mundo passou de 104,8% do PIB (209,7 mil milhões de euros negativos) no final de 2020 para 95,8% do PIB (-202,6 mil milhões de euros) no final de dezembro de 2021. "Trata-se do valor menos negativo desde o terceiro trimestre de 2008", sublinha a instituição financeira liderada por Mário Centeno.

 

O banco central explica esta queda com decorreu sobretudo devido "às variações cambiais positivas dos ativos externos detidos por residentes expressos em dólares americanos, kwanzas de Angola, meticais de Moçambique e em libras esterlina, no valor de 3,3 mil milhões de euros".  Este efeito afetou o investimento de carteira e o investimento direto, nos quais a componente de capital assume maior expressão.

 

Para além disso este resultado contou com "o contributo positivo da desvalorização dos títulos de dívida pública portuguesa detidos por não residentes e da valorização de derivados financeiros do setor financeiro residente", já em sentido contrário, "destacou-se a valorização de títulos de capital de empresas portuguesas detidos por entidades não residentes", acrescenta o BdP.

 

Estes números devem-se ainda "ao contributo positivo das transações, de 1,9 mil milhões de euros e a outros ajustamentos, de -1,2 mil milhões de euros, resultantes, em grande medida, da deslocalização de uma entidade sediada na Zona Franca da Madeira", explica o Banco de Portugal.

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