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Portugueses querem que política europeia dê prioridade ao acesso à saúde

Os dados do Eurobarómetro mostram que, para os portugueses, a prioridade do Parlamento Europeu deve ser dada à garantia de qualidade e acesso a serviços de saúde e ao combate à exclusão social e pobreza.

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Na opinião dos portugueses, o acesso a serviços de saúde com qualidade e o combate à pobreza devem ser as prioridades da atividade legislativa do Parlamento Europeu.

Estas conclusões constam dos mais recentes dados do Eurobarómetro, publicados esta terça-feira. Questionados sobre as áreas de atuação a que os eurodeputados devem atribuir prioridade, os entrevistados portugueses conferem maior premência à melhoria dos direitos do consumidor, em particular à qualidade e ao acesso a serviços de saúde (44%) e ao combate à exclusão social e à pobreza.

O combate ao desemprego jovem e promoção do pleno emprego no conjunto da União Europeia é a prioridade legislativa comunitária apontada por 37% dos portugueses inquiridos. 

 

Alterações climáticas no topo das prioridades para os europeus

Pela primeira vez, a prioridade dos cidadãos da União Europeia é o combate às alterações climáticas, com a maioria dos inquiridos (32%) deste Eurobarómetro a escolherem este como o ponto principal das suas preocupações.

Dentro das questões ambientais, as alterações climáticas são as que geram maior apelo por parte dos inquiridos, seguindo-se a poluição atmosférica, a poluição marítima, a desflorestação e a quantidade crescente de resíduos.

O estudo do Eurobarómetro adianta ainda que, para além disto, "quase seis em cada dez europeus consideram que os protestos em favor da ação climática liderados pelos jovens tiveram um impacto direto tanto a nível da UE como da política nacional".

Embora as prioridades variem de país para país, a luta pelas alterações climáticas surge no topo da lista, à frente da exclusão social e da pobreza (31%) e do combate ao terrorismo e ao crime organizado (24%). Mais abaixo, surge o investimento na educação de alta qualidade (22%) e a preparação de um ambiente favorável de crescimento económico (18%).

A nova Comissão Europeia assumiu como novos desafios prioritários para a UE o combate às alterações climáticas e também a promoção do emprego jovem. A centralidade atribuída a estas questões pela líder da Comissão, Ursula von der Leyen, é assim corroborada pelos dados do Eurobarómetro.

Estes dados espelham o contexto socioeconómico dos países na Europa. Enquanto os países mais a norte, como a Suécia, a Dinamarca e a Finlândia têm como prioridade as questões climatéricas, os países do sul, como Itália, Grécia, Chipre, Portugal ou Espanha têm como maior preocupação questões relacionadas com o desemprego jovem ou a pobreza. 

Proteção dos direitos humanos é o principal valor da União

A "proteção dos direitos humanos a nível mundial" é considerado como o valor mais prioritário para o Parlamento Europeu tanto para o conjunto dos entrevistados dos 28 Estados-membros (48%) como para os portugueses consultados (44%).

A igualdade entre homens e mulheres surge como o segundo valor mais relevante, embora em Portugal (42%) a questão de equiparação de géneros assuma maior importância do que para o conjunto da União (38%).

Os portugueses continuam mais europeístas do que a média europeia. A pertença de Portugal à UE é vista como uma "coisa boa" por 72% dos portugueses, bem acima dos 59% dos 28 países-membros que consideram positivo integrar o bloco europeu. Apenas 2% dos entrevistados portugueses e 11% do conjunto dos europeus consultados pelo Eurobarómetro consideram negativo fazer parte da União. 

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