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Portugal com segunda maior taxa de naturalização da União Europeia

Só a Suécia supera Portugal nos estatutos de cidadania concedidos a cidadãos estrangeiros em relação ao peso de imigrantes já residentes no país. O valor representa o dobro da média europeia.

Bruno Simão/Negócios
21 de Abril de 2017 às 11:28
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Portugal foi o segundo país da União Europeia a atribuir mais estatutos de cidadania a estrangeiros em percentagem das comunidades imigrantes que vivem no país: por cada 100 estrangeiros residentes no início de 2015, as autoridades nacionais concederam, nesse ano, a nacionalidade a mais 5,2 pessoas.


O valor – divulgado esta sexta-feira, 21 de Abril, pelo Eurostat – é mais do dobro da taxa de naturalização da UE (que em 2015 ficou nos 2,4%) e só foi superado pelo da Suécia (com 6,7 processos de cidadania atribuídos por cada 100 estrangeiros residentes no país).

Em causa estão 20.296 estrangeiros (sobretudo oriundos do Brasil, Ucrânia e Cabo Verde) a quem foi concedida cidadania portuguesa, o que corresponde a duas pessoas por cada mil residentes no país. Também aqui um número superior à media europeia, que foi de 1,7 pessoas por mil residentes.


Nove em dez dos cidadãos que obtiveram nacionalidade em países da União Europeia vieram de fora da UE, com Portugal a ter também uma das incidências mais elevadas - 96% dos cidadãos a quem as autoridades nacionais concederam cidadania são oriundas de fora da UE, contra uma média de 87% na União.


Portugal foi, na UE, o país que mais concedeu estatutos de cidadania a cidadãos do Brasil (44,9% do total concedido a estes cidadãos na União) e o segundo país que mais os atribuiu a cidadãos da Ucrânia (15,1%).


Os portugueses foram os estrangeiros a quem o Luxemburgo mais nacionalidade reconheceu em 2015 (36,5% do total), a que se seguiu França. E os terceiros maiores a quem a Suíça (fora da União Europeia) atribuiu mais estatutos de cidadania.

Os números do gabinete de estatísticas da União mostram ainda que houve menos pessoas a adquirir cidadania europeia em 2015 em relação aos anos anteriores (840 mil pessoas contra 890 mil em 2014 e 930 mil em 2013). Marroquinos, albaneses e turcos foram os estrangeiros a quem foram atribuídos mais estatutos de cidadania no Velho Continente.

(Notícia actualizada às 12:04 com mais informação)

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