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Zelensky apoia pausa nos ataques contra infraestruturas ucranianas mas quer mais detalhes

O Presidente da Ucrânia advertiu, por outro lado, que as condições estabelecidas por Putin para uma trégua alargada com Kiev visam enfraquecer o país e mostram que não está pronto para acabar com a guerra.

Lusa
20:40
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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou-se esta terça-feira favorável a uma trégua de 30 dias com a Rússia nos ataques às infraestruturas e alvos energéticos, mas quer ver os detalhes com Washington.

"Vamos apoiar estas propostas, mas é muito interessante saber os detalhes e o que está realmente a ser proposto", afirmou o líder ucraniano em conferência de imprensa 'online', em reação ao resultado de uma conversa telefónica realizada hoje à tarde entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, sobre o conflito no seu país.

Zelensky advertiu, por outro lado, que as condições estabelecidas por Putin para uma trégua alargada com Kiev visam enfraquecer a Ucrânia e mostram que não está pronto para acabar com a guerra.

"Todo o seu jogo é enfraquecer-nos o mais possível", declarou o Presidente ucraniano, no seguimento das condições divulgadas pelo Kremlin, que incluem o fim do rearmamento da Ucrânia e a interrupção do apoio militar ocidental a Kiev, bem como a partilha de dados dos serviços de informações.

Na sua conferência de imprensa, Volodymyr Zelensky reafirmou que as tropas do Exército ucraniano continuam a combater na região russa de Kursk, apesar de anteriormente Moscovo ter indicado que estavam cercadas.

"Os militares ucranianos estão lá. E vão permanecer lá enquanto precisarmos desta operação", declarou.

Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia concordaram hoje com um cessar-fogo de 30 dias no conflito na Ucrânia, embora limitado a ataques contra alvos energéticos e infraestruturas, anunciou a Casa Branca.

Após uma conversa telefónica, Donald Trump e Vladimir Putin também acordaram iniciar as negociações de paz de imediato, indicou um comunicado da presidência norte-americana, que elogia o "imenso benefício" de uma melhor relação entre Washington e Moscovo e o seu potencial para "enormes acordos económicos".

As futuras negociações deverão ter lugar no Médio Oriente.

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