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Portuguesa Connected levanta capital para lançar ativos para o espaço

A startup, que trabalha com a Agência Espacial Europeia e com operadoras de satélites e telecomunicações, quer lançar 16 ativos para o espaço até final do próximo ano. 

A Connected captou dois milhões de euros em 2023, ano da fundação da startup DR
18 de Março de 2025 às 22:44
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A startup portuguesa Connected está a levantar capital junto de investidores nacionais e também internacionais, com o objetivo de lançar 16 ativos para o espaço até 2026

Ao Negócios, o CEO Tiago Rebelo revela que "queremos levantar capital para garantir que temos a capacidade económica para produzir os nossos sistemas e trabalhar com parceiros"

A Connected juntou-se ao programa Business Abroad da Startup Portugal na maior feira europeia de telecomunicações para dar a conhecer o projeto em espaço internacional e conhecer potenciais novos investidores. O CEO Tiago Rebelo explica que esta nova ronda de financiamento chega depois daquela captada em 2023, ano de fundação da startup, quando foram levantados dois milhões de euros. 

Ainda assim, o CEO da startup assume que a Connected tem uma boa base de apoio, principalmente junto dos investidores da ronda pre-seed. "Neste momento estamos a negociar a ronda Seed, que esperamos anunciar até meio do ano. Posso dizer que vai ser uma Seed significativa", sustenta Tiago Rebelo. 

80ativos
Startup portuguesa Connected quer lançar 80 ativos de monitorização para o espaço até 2029. Ideia é ir à boleia para poupar custos e ser mais sustentável.

Com uma equipa de 20 pessoas, a Connected tem na Agência Espacial Europeia o seu principal cliente, mas trabalha também com operadores de satélite e operadores de rede móvel, nomeadamente com a Nos. 

Esta ronda Seed, cujo valor levantado ainda é desconhecido, serve para "acelerar o negócio" e também para "lançar 16 ativos para o espaço em 2026 e 80 até 2029". E como é que a Connected lança estes ativos? "A maior parte dos nossos parceiros são empresas de observação da Terra, ou seja, empresas que têm satélites que recolhem imagens da Terra. Em troca da boleia, damos uma percentagem da nossa capacidade para eles recolherem dados de sensores de clientes deles e fazerem um 'overlap' com imagens que eles obtêm", explica Tiago Rebelo.

No fundo, a startup portuguesa permite criar um "serviço de valor acrescentado", uma vez que estas empresas conseguem também recolher dados de sensores de temperatura, e a Connect vai "à boleia de uma forma mais custo-efetiva". Como o CEO diz, é um caso de "win-win".

O que faz a Connected?

À primeira vista até pode ser complexo de explicar, mas para Tiago Rebelo é simples. 

"A Connected faz conectividade a partir do espaço. Utilizamos infraestrutura espacial, nomeadamente satélites, para providenciar conectividade na Terra", conta. 

Mas não existe conectividade no espaço terrestre? Existe, a partir dos satélites que se encontram no espaço. "Em 80% da superfície da Terra não existe rede celular, ou seja, não existe forma de comunicar a não ser através dos satélites que estão no espaço, e este valor inclui a totalidade dos oceanos mas também um terço das superfícies continentais", adianta Tiago Rebelo. 

Dentro das comunicações por via de satélite, a Connected "está focada no nicho de mercado, no 'Internet of Things', que são baixos volumes de dados, mas também a necessidade do baixo consumo energético. Basicamente, tudo o que são aplicações da monitorização agrícola, florestal, contentores de carga e vigilância marítima". 

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