Foram 12 horas de discussão entre os Estados Unidos e a Rússia, era esperado um comunicado final, mas até agora pouco se sabe do que foi realmente debatido no encontro que mais uma vez excluiu a Ucrânia e a União Europeia da mesa.

As conversas parecem ter sido longas, mas o progresso curto, escrevia esta manhã o correspondente da BBC na capital ucraniana, ainda antes de se saber que não haveria comunicado.

De Moscovo chegam, no entanto, alguns sinais do que poderá ter estado em cima da mesa. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência de notícia pública, Sergei Lavrov disse que as questões relacionadas com a segurança dos navios no Mar do Negro foram discutidas em Riade. Lavrov acrescentou que a Rússia será favorável a retomar a iniciativa de cereais – um acordo que permitiu à Ucrânia exportar cereais em segurança, entre 2022 e 2023.

Pouco depois, o Kremlin confirmou que o conteúdo das conversações desta segunda-feira em Riade não seria público, com os resultados ainda a "serem analisados" por ambas as partes.

Por outro lado, Lavrov indicou que o secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, está em contacto permanente com a Rússia sobre a questão da flexibilização das exportações russas de cereais e fertilizantes, numa tentativa de aliviar as atuais sanções ocidentais.

A ONU, juntamente com a Turquia, mediou a Iniciativa do Cereais do Mar Negro em 2022. Mas no verão de 2023, a Rússia retirou-se do acordo e deixou de dar passagem segura aos navios de carga com origem e destino para a Ucrânia.

Um outro acordo foi assinado entre a ONU e a Rússia para facilitar a exportação de produtos alimentares e fertilizantes russos.