Notícia
Turquia contra adesão da Finlândia à NATO. Europa tem melhor sessão em quase dois meses
Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.
Rússia vai cortar fornecimento de eletricidade à Finlândia este sábado
A Rao Nordic, uma subsidiária da "holding" de energia controlada pela Rússia Inter Rao, anunciou que se vê "forçada a suspender as importações de eletricidade" a partir deste sábado, 14 de maio.
A Rao Nordic indica que "não tem capacidade para fazer os pagamentos à Rússia pela eletricidade importada". De acordo com este comentário, "esta é uma situação excecional e que acontece pela primeira vez em mais de 20 anos.
Esta suspensão acontece num momento em que a Finlândia sinalizou a vontade de se juntar à NATO, situação que já mereceu comentários por parte do Kremlin, que voltou a deixar avisos sobre as consequências desta adesão.
A Fingrid, o operador de eletricidade na Finlândia, tenta acalmar os ânimos e refere que esta suspensão "não representa uma ameaça" à eletricidade no país. A energia da Rússia representa cerca de 10% do consumo total de energia na Finlândia, com o operador a referir que poderá fazer a substituição por "mais eletricidade importa da da Suécia e parcialmente pela produção doméstica".
Bolsas europeias sobem com aposta dos investidores no "buy the dip"
As bolsas europeias registaram hoje a melhor sessão em perto de dois meses, e muito à conta dos chamados caçadores de pechinchas. Com efeito, observou-se algum apetite pelo risco, com os investidores a aproveitarem as quedas para comprar – o chamado ‘buy the dip’.
O Stoxx 600 fechou a somar 2,09% para se estabelecer nos 433,28 pontos, naquele que foi o maior ganho em quase dois meses, isto depois de um rally também nos índices de Wall Street.
As cotadas tecnológicas, de lazer & viagens, de produtos de consumo e energia lideraram os ganhos.
Já os títulos mais defensivos, como os do setor imobiliário, telecomunicações e "utilities" (água, luz, gás), tiveram um desempenho menos bom.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 2,1%, o francês CAC-40 valorizou 2,5%, o italiano FTSEMIB ganhou 2%, o britânico FTSE 100 subiu 2,6% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,7%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 2,8%.
MNE acredita que Parlamento português estará “80 a 90% a favor” de novas adesões à NATO
João Cravinho Gomes, o ministro dos Negócios Estrangeiros, comentou esta sexta-feira as declarações da Turquia sobre a adesão da Finlândia à NATO. Erdogan anunciou que a Turquia não vê com bons olhos a junção da Finlândia à organização, situação que o ministro português diz tratar-se de "uma matéria que a Turquia de certeza discutirá com todos os aliados e até com a Finlândia e Suécia".
"Compete aos 30 Estados soberanamente" tomar uma decisão sobre a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO, disse o ministro português. "Nunca se colocaram dificuldades. A expectativa é a de que não haja problemas de maior", disse o MNE. "Nós temos coletivamente interesse estratégico na adesão da Finlândia e da Suécia", disse, frisando que não é fácil ter uma decisão unânime a todos os países. "30 países nunca representam homogeneidade", declarou, em declarações transmitidas pela RTP3, à margem do encontro com o homólogo finlandês.
O ministro aponta que, no Parlamento português, deverá haver um apoio a esta adesão entre "80 a 90% a favor da adesão".
Sobre as ameaças feitas pela Rússia à Suécia e a Finlândia, João Cravinho Gomes apontou que "a Rússia estilhaçou a ordem de segurança europeia" e que essa "nova ordem passa pela adesão da Suécia e Finlândia à NATO". A NATO é uma aliança defensiva, frisou o ministro português, acrescentando que "não é agressiva contra nenhuma parte". "É mais do que óbvio para todos" que este movimento de aproximação da Suécia e da Finlândia à NATO "resulta da agressão da Rússia contra a Ucrânia".
Ouro inverte para vermelho pressionado por bancos centrais
O ouro está prestes a concretizar a pior semana desde meados de março, pressionado pela possibilidade de um agravamento das taxas de juro, pedido pelas alas falcão dos bancos centrais.
Em consequência, na procura por ativos refúgio, o apetite dos investidores direcionou-se para a dívida soberana dos países em vez do metal amarelo, já que este não remunera juros.
Assim, depois de uma abertura a verde, o ouro caiu já para terreno negativo, estando esta tarde a desvalorizar 0,61%, para 1.813,50 dólares a onça, depois de ontem já ter tombado 1,7%.
Entre os restantes metais, a tendência é mista, com a prata a avançar 0,85% e a platina a cair 0,39%. Já o cobre sobe 0,96%.
Ainda assim, este tipo de ativos costuma ser atrativo em alturas de grande voltatilidade, como a que atualmente se atravessa.
Juros das dívidas soberanas voltam a agravar
Os juros das dívidas soberanas estão novamente a subir na zona euro. A yield dos juros da Alemanha a dez anos, vista como a referência para a zona euro, está a agravar 11,3 pontos base para uma taxa de 0,947%.
Já os juros da dívida italiana, também com maturidade a dez anos, estão a subir 14,1 pontos base para uma taxa de 2,849%.
A Península Ibérica não escapa a este cenário de agravamento dos juros, numa semana em que Christine Lagarde, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), admitiu a hipótese de as taxas de juro subirem em julho. Os juros de Portugal a dez anos estão a subir 14 pontos base na sessão desta sexta-feira, para uma taxa de 2,058%, a negociar novamente acima da fasquia dos 2%.
Já em Espanha os juros com maturidade a dez anos estão a agravar 12,9 pontos base para uma taxa de 2,001%.
Euro recupera terreno após tombo de 1,2%. Dólar no vermelho
O euro está a recuperar terreno na sessão desta sexta-feira, depois de na sessão anterior a moeda única ter derrapado 1,27%, devido à alta do dólar norte-americano.
Assim, esta sexta-feira o euro avança 0,13%, avançando para 1,0394 dólares, ainda a rondar valores mínimos de cinco anos. Desta forma, a moeda única interrompe três sessões consecutivas a desvalorizar.
Já a libra esterlina está na "linha de água", a avançar 0,08%, para 1,2212 dólares. Desta forma, apesar da ligeira recuperação após seis sessões no vermelho, a libra ainda ronda valores mínimos de quase dois anos.
Do outro lado do Atlântico o dólar está a desvalorizar 0,15% perante um cabaz de divisas rivais, depois de na sessão anterior ter avançado quase 1%. A leitura dos dados da inflação nos Estados Unidos e a possibilidade de a Fed ter de subir juros para controlar a inflação galopante tem dado um novo fôlego ao dólar ao longo desta semana.
Petróleo sobe mas caminha para semana negativa devido a receios de menor procura
Os preços do "ouro negro" estão a negociar em terreno positivo, ainda sustentado pela perspetiva de um embargo da União Europeia ao petróleo russo e pelo aperto da oferta.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 2,81% para 110,47 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 2,97% para 109,28 dólares por barril.
No entanto, o crude caminha para um saldo semanal negativo, o primeiro em três semanas, devido à preocupação quanto à inflação e devido aos receios de que os lockdowns na China reduzam a procura – com a perspetiva de desaceleração do crescimento económico mundial a pesar também.
"Existem duas forças opostas que ditam a postura dos mercados em relação ao petróleo; as preocupações do lado da oferta sustentam o preço do barril, com a guerra em curso na Ucrânia e a perspetiva da União Europeia impor uma proibição total às importações de petróleo russo a causar provavelmente uma queda na oferta, no contexto de um mercado já por si só limitado. No entanto, esses ganhos dos preços são limitados, uma vez que se teme o impacto que a inflação e a desaceleração da atividade económica na China terão na procura, devido aos bloqueios relacionados com a covid", sublinha Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe S.A, no seu comentário diário.
Turquia não apoia adesão da Finlândia e Suécia à NATO
Erdogan, o Presidente da Turquia, não vê com bons olhos a adesão da Finlândia ou da Suécia à NATO. Em conferência de imprensa, anunciou que a Turquia está a acompanhar este tema, "mas que não tem um sentimento positivo sobre isto".
"Não queremos cometer um erro", frisou. "Os países escandinavos têm servido de alojamento a organizações terroristas. Para ir ainda mais longe, têm tido assentos nos seus parlamentos também".
O acesso de novos países à NATO tem de ser aprovado por todos os membros. Com esta posição da Turquia, levantam-se dúvidas sobre a adesão destes país à organização.
A Turquia é membro da NATO desde 1952.
Wall Street arranca sessão em terreno positivo numa semana marcada pela volatilidade. Twitter afunda 10%
Os três principais índices norte-americanos arrancaram a última sessão da semana em terreno positivo, a acompanhar os ganhos registados nas bolsas europeias. O industrial Dow Jones está a avançar 0,68% para 31.945,76 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite está a valorizar 1,35% para 11.524,24 pontos. Por fim, nota para a valorização de 1,25% para 3.979,24pontos registada no S&P 500.
A semana fica marcada pela volatilidade e também pelos dados da inflação em abril nos Estados Unidos, que apesar de uma ligeira quebra face ao mês anterior, continua a rondar valores da década de 80.
As ações do Twitter estão em destaque neste arranque de sessão, depois de Elon Musk ter anunciado a suspensão temporária da aquisição da rede social. O dono da Tesla indicou que a suspensão é motivada pelo facto de estar à espera de mais informações sobre o peso das contas falsas no total de utilizadores.
Antes da abertura do mercado as ações do Twitter chegaram a desvalorizar 18%. No arranque de sessão, o Twitter está a desvalorizar 10,91% para 40,17 dólares, depois de Elon Musk ter acrescentado que "ainda está comprometido" com a venda. Esta é a sexta sessão consecutiva em que as ações da rede social estão em terreno negativo: ao longo dos dois últimos dias a empresa tem visto as ações tombar mais de 2%.
Arranca em Kiev o primeiro julgamento por crimes de guerra
Foi hoje presente a tribunal, para julgamento em Kiev, o primeiro militar russo acusado por crimes de guerra na Ucrânia.
O sargento Vadim Shyshimarin, de 21 anos, está acusado de matar um civil desarmado, de 62 anos, na aldeia de Chupakhivka, na região de Sumy. O crime terá ocorrido a 28 de fevereiro, dias depois do início da invasão russa.
Vadim Shishimarin, do batalhão Kantemirovskaya de tanques russos, foi acusado há dois dias pelo Ministério Público ucraniano.
De acordo com a informação divulgada pela Procuradora-Geral, Iryna Venediktova ,o militar Vadim Shishimarin terá disparado vários tiros da janela aberta de um carro roubado contra a vítima, enquanto fugia com outros quatro soldados.
O homem de 62 anos, seguia de bicicleta terá testemunhado o roubo da viatura. Depois dos disparos o civil morreu no local, a alguns metros de sua casa.
Shishimarin, que se apresentou em tribunal algemado e que ficou dentro de uma caixa de vidro, arrisca pena perpétua se for condenado pelo crime.
Número dois do Vaticano diz que dar armas à Ucrânia é "moralmente legítimo"
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, diz que fornecer armas à Ucrânia para ajudar a defender-se contra a agressão russa é "moralmente legítimo" sob certas condições, citando o ensinamento da Igreja Católica sobre "guerra justa" e "princípio da proporcionalidade".
O número dois do Vaticano falou aos jornalistas à margem de uma conferência em Roma, enquanto o tema do fornecimento de armas a Kiev era discutido numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 na Alemanha.
"Existe o direito à defesa armada em caso de agressão", disse Parolin em resposta a uma pergunta sobre os países que enviam armas para a Ucrânia.
O cardeal Pietro Parolin frisa, no entanto, que o envio de armas para a Ucrânia deve respeitar o princípio da "proporcionalidade" para que "a resposta não produza um dano maior do que a agressão". O secretário de Estado do Vaticano explicou ainda que este direito foi consagrado no Catecismo da Igreja Católica Romana.
Entretanto o Vaticano anunciou que o secretário para as relações com os Estados, Paul Richard Gallagher, vai a Kiev, na próxima quarta-feira, para abordar o atual cenário de guerra na região.
Investidores de olho nos saldos puxam Europa para verde. PSI com um dos ganhos mais tímidos do bloco
Os investidores à procura de saldos dominaram o arranque de sessão, atirando a Europa para o verde e invertendo a tendência negativa das últimas semanas. Os investidores estão a aproveitar as cotação de ações que não estavam tão baratas desde o início da pandemia.
O Stoxx 600 começou o dia a valorizar 1,02% para 428,72 pontos. Dos 20 setores que compõe o índice, banca e tecnologia lideram os ganhos, enquanto o setor automóvel e serviços públicos comandam as perdas.
Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX soma 1,10%, o alemão DAX valoriza 0,99% e o francês CAC 40 ganha 1,04%. Londres sobe 1,18% e Amesterdão cresce 1,36, enquanto Milão soma 0,84%. Por cá, o PSI regista dos ganhos menos expressivos do bloco, a valorizar 0,88%.
Os preços de saldo das ações no "benchmark europeu", como não era visto desde março de 2020 (como se pode ver no gráfico abaixo) superaram as preocupações do mercado sobre uma possível subida das taxas de juro na zona euro já em julho, uma informação antecipada esta semana por Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, durante um discurso no Banco da Eslovénia.
As ações europeias estão em queda pela quinta semana, a sequência mais longa de perdas desde fevereiro, segundo os dados compilados pela Bloomberg.
As preocupações em torno da inflação, do abrandamento económico, da política monetária e a guerra na Ucrânia foram os principais motivos para a mancha encarnada que invadiu o mercado europeu nos últimos tempos.
"Embora, as ações ainda não estejam a clamar por ser compradas, já existem janelas de oportunidade compra de títulos, durante este período claramente volátil", explicou Ricardo Saldanha, gestor de ativos na Aviva Investors Global Services, em entrevista à Bloomberg TV.
Os resultado resilientes das cotadas europeias relativos ao primeiro trimestre, apesar da guerra e do cenário macroeconómico, deram ainda mais força a este sentimento de compra,na esperança que as ações valorizem mais tarde, apesar dos atuais preços baixos.
Juros agravam expressivamente na zona euro e nos EUA
Os juros estão a agravar de forma expressiva na Zona Euro e nos EUA, perante a expectativa de uma política monetária restritiva por parte dos bancos centrais.
Os juros das bunds alemãs a 10 anos – benchmark para o Velho Continente – agravam 7,4 pontos base para 0,909%, mantendo-se, no entanto, desde esta quarta-feira, abaixo da linha psicológica de 1% alcançada no passado dia 5 de maio.
Itália regista o movimento de agravamento mais expressivo, com a yield das obrigações a 10 anos a subir 8 pontos base para 2,788%, enquanto os juros da dívida francesa com a mesma maturidade somam 6,2 pontos base para 1,417%.
Na Península Ibérica, a yield da dívida portuguesa a 10 anos agrava 6,8 pontos base para 1,986%, mantendo-se, porém, desde ontem abaixo da linha dos 2% alcançada no passado dia 29 de abril.
Por sua vez, os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade sobem 7,3 pontos base para 1,946%.
Nos EUA, a yield da dívida a 10 anos agrava 5,1 pontos base para 2,899%.
Ouro a caminho de fechar a pior semana desde meados de março
O ouro está a recuperar esta sexta-feira, mas parece não ser suficiente para inverter a tendência negativa contabilizada esta semana, a pior para o desempenho do metal amarelo desde meados de março.
Depois de cair 1,7% na sessão anterior, o ouro sobe 0,29% para 1.827,08 dólares por onça. Prata, platina e paládio também negoceiam no verde. Esta semana o rei dos metais perdeu 3%, segundo os dados compilados pela Bloomberg, pressionado sobretudo pelos ganhos do dólar norte-americano.
"O que mais pressionou o ouro foi a volatilidade do mercado que empurrou os investidores para o dólar", sublinha John Feeney, gestor no Guardian Gold Australia em declarações à Bloomberg. "O ouro parece estar em sobrevenda, pelo que podemos começar a esperar ver o suporte em torno dos 1.800 dólares", alerta o especialista.
O ouro foi atraiçoado pelo investimento em dívidas soberanas, atraentes pelos juros, e pela subida do dólar, depois de a Reserva Federal norte-americana ter anunciado uma política monetária "falcão" para combater a inflação.
Euro prestes a atingir paridade face ao dólar
O euro caiu 1,6% esta semana, tendo durante a sessão desta sexta-feira caído para a linha de 1,03 dólares, renovando mínimos de janeiro de 2017. Para os analistas, o advento da paridade entre dólar e euro é apenas uma questão de tempo.
Há pouco, o euro recuperava ligeiramente da queda sofrida durante a madrugada lisboeta, com uma subida de 0,18%, mantendo-se no entanto na linha de 1,03 dólares, mais concretamente 1,0399 dólares.
"Esperamos que o euro e o dólar entrem em paridade", alertou Paul Meggyesi, estratega do JPMorgan Chase, numa nota de "research", citada pela Bloomberg. Para o especialista, "o mercado começa finalmente a aceitar que a crise na Ucrânia é um choque desproporcional para a economia da Zona Euro e uma ameaça à moeda única.
A probabilidade deste fenómeno de paridade voltar a acontecer nos próximos 12 meses, pela primeira vez em 20 anos, subiu para 50%, segundo as apostas no mercado de opções, compiladas pela Bloomberg.
Desde a última reunião do BCE, a 14 de abril, os investidores de forex já apostaram quatro mil milhões de dólares neste resultado, de acordo com a informação disponibilizada pela Depository Trust & Clearing.
Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg, que compara a nota verde com 10 divisas rivais, alivia 0,13% mas continua a renovar máximos de dois anos, mantendo-se acima dos 104 pontos, mais concretamente 104,63 pontos.
A disparidade entre a política monetária da Fed e do BCE e a guerra na Ucrânia são os principais motivos apontados pelos analistas para esta nova crise do euro.
Petróleo ganha pelo terceiro dia consecutivo
A volatilidade voltou a tomar conta do mercado do petróleo esta semana.
Esta sexta-feira o ouro negro segue a negociar no verde, pelo terceiro dia consecutivo, enquanto os investidores acompanham a par e passo o possível embargo ao petróleo russo.
O mercado está ainda atento ao combate de Pequim contra a nova onda de covid-19 na China, o maior importador de petróleo do mundo.
O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque e com entrega prevista em junho, sobe 0,98%, com cada barril a custar 107,17 dólares.
Já o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 1,22% para 108,76 dólares por barril.
Europa aponta para verde apesar das declarações de Powell
Os futuros negociados sobre os principais índices europeus apontam para um arranque de sessão pintado de verde, numa altura em que o mercado tenta recuperar de uma semana conturbada, mantendo, no entanto, a atenção na política monetária e na inflação.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,7%, enquanto os futuros negociados sobre o alemão DAX somam 0,5%, segundo os dados compilados pela Bloomberg.
O presidente da Reserva, Jerome Powell, avisou esta quinta-feira que não pode garantir um "pouso suave" que tempere a inflação sem empurrar a economia para a recessão. As declarações de Powell surgem dias depois de a presidente do BCE, Christine Lagarde, ter apontado para uma subida das taxas de juro já em julho.
Os investidores estão ainda a digerir a realidade geopolítica da guerra na Ucrânia. A Rússia ameaçou na quinta-feira retaliar contra a Finlândia depois que líderes finlandeses terem anunciado que o país do norte da Europa vai pedir "sem demora"a adesão à NATO.
Durante esta sexta-feira, o mercado vai ainda estar atento à divulgação dos números da inflação francesa e espanhola para abril e as leituras da produção industrial da zona do euro para março.
Kremlin vai reforçar defesa na fronteira com a Finlândia
O embaixador russo junto da União Europeia (UE), Vladimir Chizhov, anunciou, em entrevista à Sky News, que os plano da Finlândia e da Suécia de se juntarem à NATO vai obrigar a Rússia a "adoptar determinadas medidas como melhorar ou aumentar a defesa junto à fronteira finlandesa".
O diplomata reforçou ainda que a adesão ao Tratado do Atlântico Norte "nunca deixou nenhum país mais seguro". Chizhov sublinhou também que acredita que existe espaço para que a Ucrânia aceite através das negociações, o estatuto de neutralidade e o reconhecimento da anexação do Donbass e da Crimeia.
Ainda do lado da Rússia, a Sovcomflot vendeu cinco navios de grande dimensão à Koban Shipping no Dubai e quatro estruturas de transporte de gás à Eastern Pacific Shipping, sediada em Singapura, segundo avança o Wall Street Journal.
De acordo com a publicação norte-americana, a empresa russa – considerada uma das maiores operadoras marítimas do mundo – está a vender material para pagar empréstimos aos bancos ocidentais.
Em comunicado, a companhia afasta esta justificação, afirmando apenas que realizou a venda destes navios e infraestruturas, porque com a "imposição de sanções à frota comercial russa tal material tornam-se inúteis"