Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia
Ao minuto11.05.2022

Putin está a preparar-se para longa guerra na Ucrânia, dizem EUA. Petróleo e bolsas no verde

Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

Lusa_EPA/reuters
  • ...
11.05.2022

Maioria dos importadores europeus de gás russo paga em rublos, diz Draghi

2014 - “Whatever it takes”

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, afirmou hoje que "a maioria dos importadores" europeus de gás russo "abriram contas em rublos" para pagar a Moscovo.

Draghi acrescentou que a União Europeia ainda não se pronunciou oficialmente sobre se o pagamento na moeda russa infringe as sanções impostas à Federação russa pela sua invasão da Ucrânia.

O conglomerado de hidrocarbonetos italiano, ENI, controlado pelo Estado em 30%, deve fazer um primeiro pagamento das suas compras de gás russo em rublos em meados de maio.

Em abril tinha solicitado às autoridades europeias e italianas que se pronunciassem, de forma clara, sobre se o pagamento em rublos, como exige o presidente russo, Vladimir Putin, a alguns compradores, é ou não permitido.

Draghi, de viagem nos EUA, foi questionado hoje se a Itália vai assumir os seus compromissos com a Federação Russa sem infringir as sanções, a que respondeu: "Não há uma definição oficial do que significa não cumprir as sanções. Nunca ninguém disse o que quer que fosse sobre se o pagamento em rublos infringe as sanções ou não".

Na ocasião, não avançou se o pagamento da ENI vai ser feito em rublos ou euros.

Na sua opinião, "há uma grande zona cinzenta" sobre o pagamento em rublos e sustentou que numerosas empresas na Alemanha "já tinham pagado" nesta divisa.

"Com efeito, a maioria dos importadores de gás já abriram a sua conta em rublos com a Gazprom", acrescentou.

O primeiro-ministro italiano apelou a 3 de maio, à Comissão Europeia, que se pronunciasse de forma clara e quanto antes sobre este assunto.

"É muito importante que a Comissão expresse uma opinião jurídica clara sobre se o pagamento em rublos viola as sanções ou não. É a única maneira de nos mantermos unidos. Se não há uma linha, cada empresa ou país fará o que lhe for conveniente", sustentou Draghi.

11.05.2022

Bruxelas pede libertação de trigo ucraniano armazenado para garantir cereais

A comissária europeia para os Serviços Financeiros, Mairead McGuinness, pediu aos parceiros internacionais que "libertem" os grãos de trigo que estão atualmente armazenados na Ucrânia, para garantir o fluxo de cereais e prevenir eventuais crises de fome.

Durante um colóquio organizado hoje pelo Instituto de Finanças Internacionais, a líder comunitária culpou o Exército russo pela alegada destruição de celeiros e armazéns de alimentos, durante invasão militar da Ucrânia.

McGuiness descreveu o caso como "criminoso".

"É simplesmente nojento, porque posso ver os rostos de mulheres e crianças de todo o mundo que vão sofrer por esse crime de destruir reservas de grãos", indicou a irlandesa, poucas horas antes de a Comissão Europeia apresentar um plano para facilitar o transporte de produtos agrícolas ucranianos.

Com esta proposta, que será apresentada na quinta-feira, Bruxelas pretende ajudar Kiev a evitar o bloqueio da Rússia aos principais portos comerciais do mar Negro, e promover o transporte rodoviário e ferroviário de produtos da Ucrânia, através dos Estados-membros da União Europeia (UE).

"A minha preocupação é com a fome no mundo, com aqueles que não têm meios para se alimentar. E [o chefe de Estado russo] Vladimir Putin é responsável pela sua fome. Mas nós também somos responsáveis para que o pior não aconteça. Pedi aos meus colegas da Comissão para fazer tudo o que pudermos", adiantou McGuiness.

No entanto, a comissária também admitiu que o Executivo Comunitário deve "em algum momento olhar além do imediato", e pediu para tomar nota da crise alimentar resultante da guerra na Ucrânia para o futuro.

"Às vezes tomamos as nossas melhores decisões nos momentos mais difíceis. E não gosto que façamos isso, embora, por outro lado, esteja feliz por pelo menos aproveitar essas oportunidades", esclareceu.

Além disso, McGuiness recusou-se a estabelecer um prazo para um eventual embargo da UE ao gás russo, pois ainda existem "diferenças de opinião" entre os países.

No entanto, a comissária assegurou que todos os Estados-membros têm o mesmo objetivo.

"Queremos ter a certeza de que não fazemos parte da máquina de guerra russa, temos de tirar o nosso dinheiro de lá e apoiar os nossos amigos ucranianos. É a meta que nós queremos alcançar. Agora devemos encontrar uma maneira de fazer", acrescentou.

11.05.2022

Inglaterra e Finlândia disponíveis para ajuda militar mútua caso sejam atacadas

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson mostra-se otimista.

Numa conferência de imprensa conjunta, Inglaterra e Finlândia mostraram-se disponíveis para ajuda militar mútua em caso de ataque. 

"Na Finlândia apreciamos o apoio forte do Reino Unido na política de porta aberta da NATO e para uma potencial adesão à NATO", declarou o Presidente finlândes, Sauli Niinisto. Este governante considerou que esse ponto "é muito valioso" para a Finlândia.

Ainda assim, mesmo dizendo que "no caso de um desastre ou de um ataque qualquer um de nós pode pedir assistência, incluindo militar", a "natureza dessa ajuda vai depender do pedido da outra parte". 

Durante a manhã, Boris Johnson, o primeiro-ministro britânico, esteve na Suécia, onde também realizou uma conferência de imprensa. O Reino Unido assinou acordos vistos como históricos com a Suécia e Finlândia, com o intuito de aumentar a segurança na Europa numa altura de guerra. 

Ambos os países estão neste momento a decidir se avançam para o processo de adesão à NATO, numa altura em que se vive uma guerra na Europa. Perante as notícias de que as duas nações podem avançar para a NATO, a Rússia já veio a público relembrar que poderá haver consequências caso essa proximidade aumente. 

11.05.2022

Bolsas europeias em alta com otimismo para inflação

As principais praças europeias terminaram a sessão desta quarta-feira a valorizar, animadas pela expectativa de que a taxa de inflação nos Estados Unidos já tenha batido máximos, apesar de continuar em máximos de quatro décadas.

 

O índice de referência europeu Stoxx 600 subiu 1,74%, impulsionado pela valorização dos setores mais ligados à economia, com as empresas de matérias-primas, industriais e financeiras a liderarem os ganhos.

 

A determinar o otimismo nas bolsas estiveram os números da inflação nos Estados Unidos. Apesar da taxa não ter descido tanto quanto os economistas esperavam, o índice de preços recuou para 8,3%, em abril, face aos 8,5% registados em março, um sinal que o indicador poderá já estar numa fase descendente.

 

Apesar da descida, este número não altera o rumo da política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos, esperando-se que o banco central prossiga os esforços de normalização das taxas de juro.

Também na Europa, o BCE deverá prosseguir com a normalização das taxas de juro, tornando-se cada vez mais provável que o primeiro aumento seja anunciado no encontro de julho.

11.05.2022

Juros da dívida aliviam de máximos

As taxas de juro das obrigações soberanas na Zona Euro estiveram a aliviar esta quarta-feira, com as "yields" a aliviarem de máximos.

 

A taxa de referência de Portugal caiu 5,2 pontos base para 2,085%, numa sessão marcada pelo leilão de dívida a oito anos pela República. Apesar do alívio, desde o passado dia 29 de abril que a yield da dívida lusa a dez anos está acima de 2%, máximos de 2017.

 

Ainda na periferia do euro, a taxa espanhola a 10 anos caiu 5,8 pontos para 2,040%, enquanto a "yield" transalpina baixou 8,1 pontos para 2,913%.

 

Já as alemãs bunds seguiam pouco alteradas, com a taxa a 10 anos a descerem 0,3 pontos para 0,993%.

 

Nos Estados Unidos, as "treasuries" acompanharam o movimento de queda, com a taxa a 10 anos a cair 1,7 pontos para 2,973%.

11.05.2022

Petróleo recupera e WTI e Brent disparam 5%

Com a revisão da “baseline”, vão entrar mais 32.000 barris/dia.

O petróleo está a recuperar da desvalorização vivida na sessão anterior, com tanto o WTI como o Brent a registar disparos a rondar os 5% nesta altura da sessão. 

Assim, o West Texas Intermediate (WTI) está a subir 5,07% para 104,82 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, a referência para Portugal, está a valorizar 4,95%, com o barril a cotar nos 106,93 dólares. 

Os analistas consultados pela Bloomberg destacam que, neste momento, o petróleo atravessa um período conturbado, onde a guerra na Ucrânia, o embargo da União Europeia ao petróleo russo e ainda a evolução da pandemia de covid-19 na China estão a contribuir para a volatilidade.

Rebecca Babin, trader de energia da CIBC Private Wealth Management comenta que o petróleo "não tem sido consistente nos últimos tempso, o que tem levado muitos a afastarem-se da negociação desta commodity." "O trading de crude neste momento é como tentar adivinhar as variações de humor de um adolescente. Neste momento gera um sentimento de um esforço fútil", acrescenta. 

11.05.2022

Dólar pressionado pela inflação nos EUA. Libra a valorizar

O ano será marcado pela normalização da política monetária após os estímulos sem precedentes.

Se os dados da inflação deram impulso ao ouro, a leitura mais recente sobre a escalada de preços na maior economia do mundo pressionaram o dólar norte-americano. 

O dólar está assim, a recuar 0,39% perante um cabaz de divisas rivais. Ainda assim, o dólar continua acima de uma cotação de 103, patamar onde se tem mantido desde a semana passada. 

A sessão está a decorrer com ganhos para as divisas europeias. O euro está a avançar 0,28% perante o dólar, a cotar nos 1,0559 dólares, depois de ter cedido 0,3% na sessão anterior. Apesar dos ganhos, a moeda única continua a negociar próxima de mínimos de 2016. 

Já a libra esterlina está a valorizar 0,39% perante o dólar norte-americano, a cotar nos 1,2364 dólares. 

11.05.2022

Novos dados sobre subida da inflação nos EUA dão impulso ao ouro

A revelação da taxa de inflação nos Estados Unidos em abril, que revelou um novo disparo nos preços, está a dar novo fôlego ao ouro na sessão desta quarta-feira. Neste ponto da sessão, este metal precioso está a valorizar 0,72%, com a onça a cotar nos 1.851,59 dólares. 

Com a inflação em abril a superar as expectativas dos analistas, estes dados vieram reforçar as expectativas de que a Fed possa vir a enveredar por um caminho de subida mais agressiva dos juros - embora na última reunião Jerome Powell, o líder da Fed, tenha dito que a hipótese de uma subida de 75 pontos base não estava em cima da mesa. 

Perante a análise desses dados, houve quem procurasse refúgio junto do ouro, habitualmente mais procurado em tempos de incerteza. Desta forma, o ouro está a recuperar dos tombos das sessões anteriores - na terça tombou 0,86% e na segunda-feira derrapou 1,57%. 

"Após os investidores digerirem os dados mais recentes da inflação, a principal conclusão é a de que isso não irá mudar a política da Fed no curto prazo e, considerando como o ouro tem estado a desvalorizar nas últimas semanas, os preços estão aparentemente a encontrar algum suporte", diz Ed Moya, analista sénior de mercados da Oanda. 

11.05.2022

Wall Street tropeça na inflação. Ursos ainda não foram embora, alerta Morgan Stanley

Wall Street arrancou a sessão no vermelho, momentos depois de serem divulgados os números da inflação nos EUA que dão conta de um primeiro abrandamento no galopar dos preços em oito meses, ainda que aquém do estimado pelos economistas.

 

O industrial Dow Jones cai 0,35% para 32.053,36 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) derrapa 0,41% para 3.984,34 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite regista uma queda de 1,28% para 11.588,55 pontos.

 

A sessão está a ser pressionada pelos números da inflação norte-americana em abril. O abrandamento na corrida dos preços na ótica do consumidor ficou aquém do esperando, abrindo a porta a uma política monetária mais restritiva, para lá da que já está em voga nos EUA.

 

Em abril, o índice de preços no consumidor norte-americano aumentou para 0,3% em cadeia e para 8,3% em termos homólogos.

 

Excluindo os componentes de alimentos e energia, o cabaz de preços subiu para 0,6% face a março e para 6,2% e comparação com abril do ano passado.

 

Estes números significam que se registou um abrandamento face a março, quando a inflação tocou nos 8,5%, mas fica aquém das estimativas dos economistas.

 

Os especialistas ouvidos pela Bloomberg estimavam que o índice geral aumentasse para 0,2% em cadeia, enquanto o cabaz sem alimentos e energia deveria subir apenas para 0,4%, face ao mês anterior.

 

Para o Morgan Stanley o "sell-off" ainda não acabou, sendo de esperar um período de alta volatilidade.  "Continuamos a acreditar que o mercado acionista norte-americano não precificou o abrandamento face aos níveis atuais", começa por escrever o analista Michael Wilson numa nota de "research" citada pela Bloomberg.

 

"Esperamos que a volatilidade permaneça elevada nos próximos 12 meses", acrescenta o analista, para quem agora é útil aos investidores manter um posicionamento defensivo.

 

O benchmark mundial por excelência, S&P500 , caiu mais de 15% este ano e ainda corre o risco de cair para os 30 mil pontos, segundo as contas e o alerta dado pela Bloomberg, o que pode indicar que o mercado acionista em geral pode ainda não ter saído de território negativo.

11.05.2022

Rússia tem quem compre petróleo além do Ocidente, diz MNE russo

A Rússia tem compradores suficientes para os seus recursos energéticos fora do mundo ocidental, afirmou, esta quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov.

Estas declarações surgem numa altura em que os países da União Europeia se prepararam para tentar cortar drasticamente a sua dependência do petróleo e gás russos.

"Deixem o Ocidente pagar mais do que costumava pagar à Federação Russa, e deixe-no explicar às suas populações por que razão devem ficar mais pobres", disse Lavrov, numa conferência de imprensa em Muscat, após um encontro com o seu homólogo de Omã.

11.05.2022

Washington alerta que Putin se prepara para longa guerra na Ucrânia

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, está a preparar-se para uma longa guerra na Ucrânia, ao ponto de nem uma eventual vitória no leste separatista do país resultar no fim do conflito, advertiu a inteligência norte-americana.

O alerta surge numa altura em que o leste da Ucrânia se encontra a ferro e fogo, com a Rússia a tentar tomar o território. Moscovo redirecionou o foco das suas tropas para a captura da região de Donbass, depois de a Ucrânia ter resistido às tentativas de tomada da sua capital, Kiev. Não obstante, as suas forças continuam num beco sem saída, de acordo com a inteligência dos Estados Unidos.

Numa audição, realizada esta terça-feira, perante uma comissão no Senado dos EUA, a chefe dos serviços de informações norte-americanos, Avril Haines, afirmou que Putin mantém a intenção "de alcançar objetivos além do Donbass", mas só que "se depara com uma incompatibilidade entre as suas ambições e as atuais capacidades militares convencionais da Rússia".

Segundo a BBC, Avril Haines disse ainda que o Presidente russo estava "provavelmente" a contar com uma diminuição do apoio dos Estados Unidos e da União Europeia à Ucrânia à medida que a inflação, a escassez de bens alimentares e os preços da energia se agravam.

11.05.2022

Europa pintada de verde

A Europa arrancou a sessão pintada de verde, num dia em que os investidores aguardam os números da inflação nos EUA e Alemanha, em busca de pistas sobre as políticas monetárias da Reserva Federal norte-americana (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE).

 

A sessão está ainda a ser animada pela (boa) notícia da redução de número de casos de covid-19 na China.

 

Por esta altura, o Stoxx 600 segue a valorizar 0,34% para 421,72 pontos. Dos 20 setores que compõe o "benchmark" europeu,  o setor automóvel e os produtos de consumo lideram os ganhos, enquanto a saúde comanda as perdas.

 

Desde o início do ano, o índice de referência europeu caiu 13%, segundo as contas da Bloomberg.

A nova onda de casos de covid-19 da China foi um dos múltiplos fatores que nos últimos tempos contribuiu para esta queda, dado o medo dos investidores de que esta nova vaga pudesse obstruir ainda mais as cadeias de abastecimento mundial, prejudicando o crescimento económico global.

 

Segundo os estrategas ouvidos pela Bloomberg, o Stoxx 600 entrou em "sobrevenda" esta semana, o que parece preparar um índice para um cenário de recuperação.

 

Entre os principais movimentos de mercado é de destacar a subida de 12% da empresa de catering, Compass, que renova assim máximos de novembro de 2020, depois de anunciar resultados acima do esperado, ampliando a previsão de receita para este ano e anunciando o "buyback" de ações.

 

Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX ganha 0,34%, o alemão DAX sobe 0,22% e o CAC 40 cresce 1,08%. Londres valoriza 0,42%, a par de Amesterdão que soma 0,84 e de Milão que valoriza 0,71%. Por cá o PSI segue a tendência das principais praças do Velho Continente e ganha 0,39%.

11.05.2022

Juros aliviam na zona euro e EUA

Os juros das dívidas soberanas estão a aliviar tanto nos EUA como na zona euro, num dia em que se espera que a inflação norte-americana tenha descido em abril e se aguarda pela publicação do índice dos preços no consumidor germânico.

 

Os juros das bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – aliviam 3,2 pontos base para 0,964%, continuando desde ontem abaixo do limiar de 1% alcançado no passado dia 5 de maio.

 

Por sua vez, a yield das obrigações italianas desce 4,0 pontos base para 2,956%, o alívio mais expressivo dos juros das dívidas a dez anos na zona euro.

 

Na Península Ibérica, os juros das obrigações portuguesas com a mesma maturidade aliviam 3,2 pontos base para 2,106%.  Desde o passado dia 29 de abril que a yield da dívida lusa a dez anos está acima de 2%.

 

Em Espanha os juros da dívida com a mesma maturidade desce 3,5 pontos base para 2,063%.

 

Nos EUA, a yield da dívida a dez anos segue também esta tendência, estando a aliviar 6 pontos base para 2,930%.

11.05.2022

Ouro sobe e dólar cai horas antes de serem divulgados dados da inflação norte-americana

O galopar do dólar no mercado internacional para máximos de dois anos está a corroer a procura pelo ouro – denominado na nota verde— já que o torna mais caro, levando os investidores a procurar por outros ativos refúgio.

 

O metal amarelo já perdeu 2,4% esta semana, estando perto de mínimos de três meses. Ainda assim, horas antes de serem divulgados os números da inflação nos EUA, o metal amarelo conseguiu arrecadar alguns ganhos, valorizando 0,60% para 1.849,25 dólares a onça.

 

A política monetária falcão da Reserva Federal norte-americana  alimentou a escalada do dólar que já valorizou cerca de 5% desde o início de março e motivou a procura dos investidores pelas dívidas soberanas em detrimento do metal amarelo que não remunera juros.

 

"O principal obstáculo para o desempenho do ouro é o aumento contínuo do dólar", sublinhou Nicholas Frappell, responsável pelo departamento de mercados institucionais da ABC Refinery em Sidney, citado pela Bloomberg.

 

No mercado cambial, o índice do dólar da Bloomberg – que compara o "greechash" com 10 divisas rivais –cede 0,23%, mantendo-se no entanto acima da linha psicológica dos 103 pontos, mais concretamente 103,23 pontos, renovando máximos de dois anos.

 

Já o euro  soma 0,25% para 1,0555 dólares, continuando no entanto em mínimos de 2017.

11.05.2022

Petróleo escala mais de 2% à medida que número de novos casos de covid-19 caem na China

O petróleo soma mais de 2% no mercado internacional, à medida que a nova onda de casos de covid-19 na China, que levou a uma série de confinamentos regionais, parece diminuir.

 

O West Texas Intermediate – referência para o mercado norte-americano com entrega prevista em junho– soma 2,18% para 101,93 dólares o barril, depois de cair cerca de 9% nos últimos dois dias, de acordo com as contas da Bloomberg.

 

Já o Brent do Mar do Norte – negociado em Londres e com entrega prevista em julho – sobe 2,22% para 104,73 dólares por barril.

 

O mercado está a ser pressionado pela diminuição de casos covid-19 em Xangai e Pequim, o que leva os investidores a considerarem que o maior importador de petróleo do mundo pode voltar ao mercado do ouro negro pronto para comprar o habitual volume de barris, que durante esta nova onda de coronhadas diminuiu consideravelmente.

 

O petróleo subiu mais de 30% este ano. Os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita já alertaram que a capacidade extra de responder à procura está a cair, à medida que os produtores reduzem o investimento, elevando os preços do ouro negro.

 

Pela Europa, a Comissão Europeia está a elaborar um plano de 195 mil milhões de euros, para acabar com a dependência de combustíveis fósseis russos. Este esforço acontece numa altura em que a União Europeia luta contra o veto da Hungria que já se posicionou contra o embargo gradual do petróleo russo.

11.05.2022

Bolsa aponta para o verde horas antes de se conhecerem os números da inflação dos EUA e Alemanha

Os futuros sobre os principais índices europeus apontam para um arranque de sessão no verde, num dia em que são dados a conhecer os números da inflação da maior economia do bloco, a Alemanha, e  dos EUA.

 

Os futuros sobre o a germânico DAX sobem 0,4% enquanto os futuros sobre o "benchmark" europeu, Euro Stoxx 50 valorizam 0,8%.

 

Na Europa, os investidores vão estar atentos aos números da inflação na Alemanha. A inflação homóloga no país subiu para 7,4% em abril, o nível mais alto em mais de quarenta anos, principalmente devido à guerra na Ucrânia, segundo dados provisórios divulgados pela agência federal de estatística (Destatis).

 

Nas principais praças, a "earnings season" dá os últimos passos, sendo esta quarta-feira de destacar a apresentação de resultados referentes aos primeiros três meses do ano da Alstom, Commerzbank, Continental, E.On, Siemens Energy, Thyssenkrupp e Tui.

 

O mercado vai ainda acompanhar a divulgação do índice de preços aos consumidor nos EUA relativo ao mês de abril, quase uma semana depois da Reserva Federal ter aumentado as taxas de juro em 50 pontos base, gesto que empurrou o mercado acionista mundial para um "sell-off" generalizado.

 

Os analistas estimam que a inflação norte-americana durante o mês passado ficou ligeiramente abaixo dos 8,5% alcançados em março, de acordo com a CNBC.

 

Na Ásia a sessão terminou de forma mista. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,14%, enquanto no Japão o Nikkei somou 0,18% e o Topix caiu 0,60%. Na China, em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 1,53% e Xangai ganhou 1,51%.

11.05.2022

Congresso norte-americano aprova pacote de ajuda à Ucrânia

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um pacote de 40 mil milhões de dólares (38 mil milhões de euros) para a Ucrânia, reforçando o apoio a Kiev, como pedido pelo Presidente Joe Biden.

 

O texto aprovado na terça-feira à noite inclui uma componente económica e humanitária, mas também armas e munições.

 

"Com este programa de ajuda, os Estados Unidos enviam um sinal ao mundo da nossa determinação inabalável de apoiar o corajoso povo da Ucrânia até à vitória" sobre Moscovo, sublinhou a presidente da câmara baixa do Congresso, a Democrata Nancy Pelosi, algumas horas antes da votação.

 

A proposta segue para votação no Senado, câmara alta do Congresso norte-americano, antes de ser promulgada pelo Presidente Biden.

 

O pacote inclui seis mil milhões de dólares (5,7 mil milhões de euros) para a aquisição de veículos blindados e o reforço da defesa antiaérea ucraniana, numa altura em que os combates continuam no leste e no sul do país.

 

Cerca de nove mil milhões de dólares (8,5 mil milhões de euros) vão ser atribuídos para garantir, entre outros, "a continuidade das instituições democráticas ucranianas", e para fins humanitários.

 

Biden tem pedido, há várias semanas, uma enorme extensão do orçamento de 33 mil milhões de dólares (31 mil milhões de euros) para a Ucrânia, depois de o Congresso ter já aprovado quase 14 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros), em meados de março.

 

Esta terça-feira foi ainda dia de o primeiro-ministro Mario Draghi se encontrar com o presidente norte-americano Joe Biden em Washington, naquela que foi a primeira visita de um líder europeu aos EUA, desde que eclodiu a guerra na Ucrânia no fim de fevereiro.

 

"As pessoas perguntam como podemos acabar com estas atrocidades e chegar a um cessar-fogo. Neste momento é difícil ter respostas para essa questão, mas precisamos de pensar com cuidado sobre esta pergunta", sublinhou Draghi.

 

Durante o encontro, Biden assegurou ainda que os EUA estão prontos para aumentar a produção de petróleo, se tal não chocar com as metas climáticas do país, segundo uma nota emitido pelo Governo italiano. Tal gesto é de extrema importância, numa cenário em que a UE tenta convencer todos os Estados membros a votar a favor do embargo ao petróleo russo.

 

Já na Ucrânia morreu aos 88 anos o primeiro líder pós-soviético do país, o ex-presidente Leonid Kravchuk.

Numa nota de pesar, o atual presidente ucraniano Volodymyr Zelensky descreveu o seu antecessor – que governou o país entre 1991 e 1994 como uma pessoa que conhecia os custos da liberdade e que queria a paz para a Ucrânia. Kravcjuk desempenhou um papel fulcral na eliminação gradual do armamento nuclear, depois do desmembramento da União Soviética.

Ver comentários
Saber mais Ucrânia Negócios economia negócios e finanças energia gasóleo
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio