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China jura que "não vende armas letais" à Rússia

Garantia foi dada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros chinês ao seu homólogo ucraniano durante um encontro em Pequim.

O conflito na Ucrânia já dura há quase cinco meses, ainda sem indícios de acordo para um cessar-fogo.
Alexander Ermochenko/Reuters
18 de Fevereiro de 2024 às 16:11
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O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros assegurou ao homólogo ucraniano que a China "não vende armas letais" à Rússia, noticia este domingo, 18 de fevereiro, a agência francesa de notícias (AFP), que cita um comunicado da diplomacia chinesa.

No sábado, num encontro em Munique, na Alemanha, à margem da Conferência de Segurança, Wang Yi garantiu a Dmytro Kuleba que Pequim "continua a insistir nas conversações de paz e não está a deitar achas para a fogueira".

Apesar da invasão da Ucrânia pela Rússia, a China é atualmente um dos parceiros comerciais e diplomáticos mais importantes de Moscovo, com os dois países a partilharem a ambição comum de contrabalançar a influência ocidental na cena internacional.

O gigante asiático tem mesmo sido acusado, nomeadamente pelos Estados Unidos, de fornecer material, equipamento e armas à Federação Russa mas refutou sempre aquelas acusações.

Segundo aquele comunicado, Pequim "não tira partido [da guerra na Ucrânia] para obter lucros e não vende armas letais a zonas de conflito ou às partes em conflito".

A China tem sido criticada pelo Ocidente relativamente à guerra na Ucrânia uma vez que nunca condenou publicamente a Rússia e, segundo aponta a AFP, Pequim está a tentar posicionar-se como uma parte neutra na guerra.

"Independentemente do que aconteça na situação internacional, a China espera que as relações entre a China e a Ucrânia se desenvolvam normalmente e continuem a beneficiar ambos os povos", afirmou Wang Yi ao homologo ucraniano.

Segundo Wang Yi, Pequim "continuará a desempenhar um papel construtivo para pôr termo à guerra e restabelecer a paz o mais rapidamente possível", acrescentando que, "mesmo que haja apenas uma réstia de esperança de paz, a China não abandonará os seus esforços".

A AFP refere ainda que Pequim tem apelado regularmente a uma solução política para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, referindo quem em 2023 um enviado do governo de Pequim à Ucrânia, Li Hui, chamou a atenção para o papel prejudicial da ajuda militar ocidental à Ucrânia.

"Se queremos realmente parar a guerra, salvar vidas e alcançar a paz, não devemos enviar armas para o campo de batalha", afirmou.

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