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Macron quer reconstruir uma "Notre-Dame mais bonita" em "cinco anos"

Presidente francês deixou ainda uma mensagem de apreço aos bombeiros que combateram as chamas, vencendo o fogo a "muito custo" e "assumindo os riscos mais extremos".

Reuters
16 de Abril de 2019 às 20:55
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"Vamos reconstruir a catedral de Notre-Dame e fazê-la ainda mais bonita". A promessa foi feita, esta terça-feira, pelo presidente francês, Emmanuel Macron, um dia depois do incêndio que causou graves estragos no monumento mais visitado da Europa. Na segunda-feira, as chamas consumiram dois terços do teto e mandaram abaixo o pináculo da torre central da catedral. Aos franceses, garantiu ainda que deseja que a reconstrução seja feita "em cinco anos".

Cabe-nos a nós transformar este desastre numa oportunidade para nos unirmos, refletirmos profundamente no que temos sido e nos que devemos ser e tornarmo-nos melhor do que aquilo que somos", acrescentou o chefe de estado, defendendo que o país tem "um desafio a ultrapassar".

"Ao longo da nossa história, construímos cidades, portos, igrejas. Algumas foram queimadas, outras destruídas pelas guerras, revoluções ou pelos homens. E a cada vez reconstruímos tudo. O incêndio de Notre-Dame recorda-nos que a nossa história nunca se detém. Nunca. E que nós temos agora um desafio a ultrapassar", disse.


Macron deixou ainda uma mensagem de apreço aos bombeiros que combateram as chamas, vencendo o fogo a "muito custo" e "assumindo os riscos mais extremos". "Eles estiveram ali, por nós, com o chefe deles, explorando os telhados devastados. Eles têm 20 ou 25 anos, e vêm de todos os lugares de França, de todos os meios", enfatizou: rematando: "Isto é Paris. É esta capacidade de nos mobilizarmos e nos unirmos para vencer."

O incêndio que deflagrou na segunda-feira à tarde na emblemática catedral de Notre-Dame, que se encontrava em obras, demorou cerca de 15 horas até ser extinto. A Procuradoria de Paris disse que os investigadores estavam a considerar o incêndio como um acidente. A tragédia de Notre-Dame gerou mensagens de pesar e de solidariedade de chefes de Estado e de Governo de vários países, incluindo Portugal, bem como do Vaticano e da ONU.

As doações de empresas e das grandes fortunas francesas para financiar a reconstrução da catedral superaram, hoje à tarde, os 600 milhões de euros.

A família herdeira do grupo L'Oréal, Bettencourt-Meyers, e a multinacional francesa de cosmética anunciaram uma doação de 200 milhões de euros, montante que se junta aos 200 milhões de euros anunciados pela família Arnault e pelo grupo do segmento de luxo LVMH, que detém marcas como a Louis Vuitton, a Dior, a Bvlgari e a Marc Jacobs.

O grupo petrolífero Total e a família Pinault, dona do grupo de luxo Kering, o segundo grupo mundial no setor do luxo e que detém marcas como a Gucci, a Yves Saint Laurent e a Boucheron, também anunciaram uma doação de 100 milhões de euros, respetivamente.

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